Lugarcerto

Planejamento reduz gastos

JĂșnia Leticia

Para a decoradora Dênia Diniz, calcular aspectos dos imóveis, como incidência de sol e risco de receber água, é fundamental para planejar a escolha - Foto: Eduardo de Almeida/RA Studio

Pelo que já pode ser percebido, as opções e as combinações de materiais nos pisos são muitas. Para decidir qual é a melhor, a recomendação de Mariana Borges é que seja feita uma análise do local em que o piso vai ser instalado e o comportamento de cada material. “Veja se é quente ou frio, se resiste à água, a cor, a textura. Procure sempre conversar com algum profissional da área para escolher a melhor opção.”

Mas esses não são os únicos aspectos a serem considerados. Na hora de fazer um projeto específico para o piso, Jacques Lazzarotto diz que é necessário levar em conta outras questões. “Como facilidade de limpeza, durabilidade, coerência entre resistência do material e o tipo de tráfego (frequência, peso e abrasividade entre outros), quantidade de tráfego, facilidade de aplicação e facilidade de aquisição”.

Perfil do tipo de uso e usuários (crianças, idosos, jovens e adultos), hábitos diários e frequência com que o piso pode e precisa ser limpo também são aspectos muito importantes. “Um casal jovem que trabalha e ficam fora de casa de 10 a 12 horas por dia, não deve optar por ter forração em carpete ou tapete”.

O arquiteto conta que devem ser analisados a prolongada ou curta permanência nos ambientes, tipo de espaço em que serão instalados (se são áreas molhadas ou secas), luminosidade e se o ambiente é externo ou interno. “E conciliar os diversos tipos de usuários, privilegiando o uso universal (acessibilidade) pela maior gama possível desses usuários.”

Para verificar onde cada tipo de piso pode ser empregado, um importante indicativo é verificar seu PEI – índice que o classifica conforme sua abrasão. “Ele orienta onde o produto pode ser utilizado, pois informa qual a resistência ao desgaste da superfície do material por tráfego de pessoas e materiais”, informa Izabel Souki.

É importante, ainda, considerar a característica do imóvel para adequar o tipo de piso. Aí, é preciso avaliar o clima, a incidência do sol, se tem perigo de receber água, entre outros fatores, conforme a decoradora Dênia Diniz. “Dependendo do estilo do imóvel, fica interessante respeitar características da época e valorizar pisos existentes, como lixar e fazer novo sinteco em tacos de madeira boa, polir mármores e granitos.”