Ela fica localizada sobre fundações rasas, mas, em caso de inundações, é capaz de se elevar e flutuar. A “casa anfíbio” começará a ser construída este ano pelo escritório de arquitetura Baca, a 10 metros das margens do rio Tâmisa, em uma ilha na cidade de Marlow, condado de Buckinghamshire, na Inglaterra. A obra recebeu a permissão para acontecer no início de fevereiro, e seria uma solução interessante, sobretudo no Brasil, para os grandes problemas causados pela época de chuvas fortes e enchentes.
A construção contará com três pavimentos, dentre os quais um subterrâneo. O andar subterrâneo será inserido em uma doca, que encherá de água em caso de inundação para que a construção possa flutuar, impedindo que a água entre pelo térreo.
A casa só flutuará se a água atingir determinado nível d'água, e quatro estruturas fixas impedirão que ela se desloque em várias direções durante as enchentes. De acordo com os arquitetos, ela ficará apoiada entre quatro "golfinhos", ou postes verticais permanentes que lhe dariam a capacidade de flutuar. Estes postes, normalmente encontrados em marinas, foram integrados ao design da residência e serão visíveis do lado de fora.
Em substituição a um bangalô construído no início do século 20 que está em más condições de preservação, a casa será erguida, com 225 m², em estrutura leve de madeira, para facilitar a flutuação. Já a doca deve ser executada em concreto. As fachadas, em vidro, permitirão maior iluminação interna da residência.
O jardim terá um sistema de alerta, com plataformas situadas em níveis distintos, desenhadas para inundar de forma gradativa e, desse modo, chamar a atenção dos moradores antes que a ameaça da água se torne maior.
"Uma cidade resistente precisa ser adaptável, e para ser adaptável, o ambiente construído (pelo homem) precisa inovar. O design anfíbio é uma das soluções que possibilita aos residentes viver com segurança e adaptar-se aos desafios das mudanças climáticas, e nós estamos muito ansiosos para construir o primeiro exemplo desta abordagem no Reino Unido", afirma.