Com experiência antiga na produção de réplicas, a China transcendeu os limites do comum e reproduziu na íntegra uma vila austríaca. O lugarejo original de Hallstatt está localizado às margens de um lago alpino na Áustria e a cópia chinesa, que foi aberta para o público no começo deste mês, fica próximo a uma represa, na periferia de Huizhou, cidade da província de Guangdong.
Com investimentos aproximados de US$ 940 milhões (quase R$ 2 bilhões), a construção começou há um ano pela China Minmetals Corporation. No começo, representada pelo prefeito Alexander Scheutz, a população da vila austríaca não gostou do projeto e mostrou à imprensa internacional perplexidade com a ideia.
Como manifestou o prefeito à época (em 2011, menos de 50 chineses visitaram a Hallstatt austríaca), além dos traços arquitetônicos, seria impossível reproduzir as tradições do vilarejo, tido pela Unesco como patrimônio da humanidade que só pode ser acessado por trilhas nas montanhas ou por embarcações.
Mas a situação mudou depois, quando milhares de vistantes originários da China foram conhecer a vila alpina, a partir do início de 2012. A opinião pública da região, então, passou a apoiar a versão fantasia, e os dois locais começaram a realizar uma série de intercâmbios comerciais e culturais.