Lugarcerto

Dom da venda

Corretor comemora 50 anos de regulamentação da carreira

Profissional aposta na valorização como empreendedor individual

Humberto Siqueira
"Apagamos muitos incêndios. Quantos poderíamos ter evitado se estivéssemos no negócio desde o início" - Adriana Magalhães, conselheira da CMI - Foto: Eduardo Almeida/RA Studio
A regulamentação da profissão de corretor de imóveis chega aos 50 anos com muitas conquistas e também novas obrigações. Como a lei de 1978, que tornou o corretor um profissional liberal ou a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLS 90/10), que permitiu à categoria atuar dentro dos princípios do empreendedor individual, com benefícios como registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), atuação dentro do Simples Nacional e recolhimento à Previdência Social.

O mercado está pronto para receber novos profissionais. Minas Gerais conta com 25 mil corretores, enquanto São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul têm, respectivamente, 130 mil, 45 mil e 35 mil. Para o presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci-MG), Paulo Tavares, a profissão é rentável, com ganhos iniciais de R$ 5 mil.

O retorno vem acompanhado de responsabilidades. Desde a publicação do novo Código Civil, o corretor responde como corresponsável pelas vendas que faz. Ou seja, se o imóvel apresentar algum vício que estava oculto no momento da venda, o profissional não poderá alegar desconhecimento. “Ele tem o dever de prestar todas as informações aos clientes, além de colocá-las no contrato de compra e venda”, ensina Tavares. “Aquelas pessoas que atuam como corretoras sem registro no Creci, geralmente não têm esses cuidados. E ainda burlam a lei, colocando cartazes e anúncios na rua, o que é proibido. Deve-se sempre desconfiar desse tipo de anúncio”, alerta.

Diretor geral dos Diários Associados, Edison Zenóbio elege o corretor como o elo mais sadio entre o mercado e o consumidor final. “É o profissional que contribui para a realização do maior sonho de todos os brasileiros, a conquista da casa própria”, destaca
. “A indústria da construção civil tem uma importância enorme na economia e estimula uma extensa cadeia produtiva. O corretor tem desempenho fundamental nessa engrenagem, pois, se ele não comercializa os imóveis, o ciclo para”, completa.

CONSCIENTIZAÇÃO

Adriana Magalhães, conselheira da Câmara do Mercado Imobiliário (CMI), diz que a categoria tem muito a comemorar nesses 50 anos. “Hoje, o corretor é bem remunerado e pode se dedicar, como a maioria faz, 100% à atividade e se realizar profissional e pessoalmente”, garante.

Olhando para o futuro, Tavares quer conscientizar a categoria sobre a importância de declarar seus ganhos e pagar o INSS. “Os corretores precisam se lembrar de que vão querer e precisar se aposentar um dia. Mas, infelizmente, a maioria ainda vai na contramão dessa lógica. A aprovação do PLS pode contribuir bastante na mudança desse cenário”, espera. Adriana diz ser necessário atuar junto à população para que ela perceba o valor na intermediação do corretor. “Apagamos muitos incêndios. Quantos poderíamos ter evitado se estivéssemos no negócio desde o início. É o barato que sai caro”, sentencia.

PRÊMIO

Termina sexta-feira o prazo para inscrições no 1º Prêmio Edison Zenóbio
. Serão premiadas as melhores estratégias de comunicação do segmento imobiliário veiculadas no Estado de Minas e no portal Lugar Certo. Aquelas peças mais bem-sucedidas na promoção de vendas serão julgadas por uma comissão, que definirá o vencedor em novembro. Para participar, a empresa precisa ser associada à Câmara do Mercado Imobiliário (CMI). São duas categorias disponíveis: Incorporadoras e construtoras ou Imobiliárias e corretoras. Os cases vencedores terão divulgação de destaque no jornal e no portal, além de ganhar uma cota para a publicação de anúncios exclusivos.

As inscrições devem ser feitas no www.premioedisonzenobio.com.br.