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Projeto para construção em BH do maior prédio da América Latina já tem investidor

Investimentos devem girar em torno de R$ 2 bilhões

Paula Takahashi
Torre de 85 andares seria a principal construção de complexo que deve incluir arena multiuso para 40 mil pessoas - Foto: PERSPECTIVA

O projeto de construir em Belo Horizonte o prédio mais alto da América Latina começa a virar realidade. Há uma semana, a construtora mineira PHV oficializou o interesse em erguer o arranha-céu de 350 metros de altura dividido em 85 andares, idealizado pelo escritório de arquitetura Farkasvölgyi, do também mineiro Bernardo Farkasvölgyi. O empreendimento, divulgado com exclusividade pelo Estado de Minas em meados de julho, deve exigir investimentos de R$ 2 bilhões.

A princípio, somente a torre comercial tem viabilidade financeira garantida. O restante do complexo arquitetônico – que além da torre de vidro de 85 andares ainda incluiria uma arena multiuso com capacidade para 40 mil pessoas e um espaço de entretenimento com 40 mil metros quadrados – continua a espera de investidores que já manifestaram interesse.

- Foto: PERSPECTIVAO presidente da PHV Engenharia, Paulo Henrique Vasconcelos, lembra que o valor estimado de R$ 2 bilhões compreende todo o empreendimento. “O prédio em si exigiria investimento menor. Para termos certeza do quanto será aplicado, estamos esperando que saiam as regras de operação urbana consorciada da região para avaliarmos o potencial construtivo da área”, explica Paulo. Segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, o projeto de lei da operação urbana prevista para a região do Bulevar Arrudas sairá até o final do ano.

Proprietária de um terreno de 15 mil metros quadrados na área prevista para instalação do arranha-céu – em frente ao Boulevard Shopping –, a PHV já negocia outros 15 mil metros quadrados no mesmo local. “Mas somente os 15 mil iniciais já são suficientes para receber a torre”, afirma. Paulo Bernardo acrescenta que o restante do terreno, que deve somar 85 mil metros quadrados, também está em fase de prospecção. “Estamos negociando as demais áreas com a prefeitura, inclusive no que diz respeito à remoção da favela que se encontra na região. Estão sendo estudados outros locais que poderiam receber esses moradores”, afirma.

A expectativa é de que o espigão seja dividido em andares e salas comerciais totalizando 100 mil metros quadrados de área de vendas e de que o metro quadrado seja cotado a cerca de R$ 10 mil
. No último andar, seria construído um restaurante. “Na base, serão instaladas lojas para atendimento ao complexo”, acrescenta Paulo. Alguns dos andares seriam destinados a hotelaria.

Aprovação

Até o final do ano o projeto deve ser apresentado à prefeitura, com expectativa de que seja aprovado ainda em 2013. “Assim que sair a liberação, já começamos as obras. Se iniciadas ano que vem, o prédio ficaria pronto em 2018”, estima Bernardo. Com foco em empreendimentos comerciais, a PHV possui hoje 31 obras em andamento na capital mineira e gera cerca de 2 mil empregos diretos.
Arquiteto e urbanista Bernardo Falkasvolgyi, responsável pelo desenho do edificio - Foto: Divulgação/FalKasVolGyi