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Nas alturas

Premiação internacional elege o melhor arranha-céu de 2012

Edifício australiano foi o grande destaque da edição deste ano do Highrise Awards, que aconteceu na Alemanha

Joana Gontijo
O edifício 1 Bligh Street, em Sydney, na Austrália, de Christoph Ingenhoven e Ray Brown, foi eleito o melhor arranha-céu de 2012. Na foto, vista aérea - Foto: H. G. Esch/Divulgação

Um dos prêmios de maior prestígio no mundo na área da arquitetura acaba de anunciar o que foi considerado o melhor arranha-céu de 2012. O concurso mundial Highrise Awards reúne projetos de grandes edifícios espalhados pelo planeta, como o nome indica. De acordo com as regras, só podem ser inscritos projetos superiores a 100 metros de altura e cuja conclusão tenha sido nos últimos dois anos. A premiação sagrou como campeão o 1 Bligh Street, situado em Sydney, na Austrália, uma torre de escritórios de visual simples, com fachada envidraçada e em forma cilíndrica, que se sobressaiu frente a concorrentes de tamanhos e formatos maiores e mais incomuns.

Veja mais fotos dos finalistas

O projeto do edifício australiano é de autoria do escritório alemão Ingenhoven Architeken, em parceria com Ray Brown, do escritório australiano Architectus. Os autores receberam como prêmio um total equivalente a mais de R$ 130 mil. Com 139 metros, a construção se destacou pelas curvas, as paredes de vidro, pela qualidade da obra, pela vista privilegiada e também quanto aos preceitos ambientais.

Com tecnologias inteligentes, o prédio se integra perfeitamente ao espaço público, e enaltece a iluminação natural, o aproveitamento de águas residuais, o sistema de geração de energia, o abastecimento de ar fresco, os chuveiros no subsolo e 370 vagas para bicicletas no estacionamento. Com fachada dupla de vidro em forma elíptica, o arranha-céu sai um pouco da harmonia com a rua para que todos os escritórios possuam uma vista privilegiada da Baía de Sydney e sua imponente ponte.

O júri de especialistas ressaltou a qualidade global do edifício, que considerou excelente. “O seu design evita o icônico e coloca a tônica nas necessidades dos usuários”, frisou. Neste ano, a edição do prêmio foi realizada em Frankfurt, na Alemanha, e teve a participação de jurados importantes, sob o comando do renomado arquiteto Albert Speer, que selecionaram cinco propostas notáveis em diferentes locais do globo.

A visão frontal do edifício vencedor - Foto: DivulgaçãoAs torres gêmeas do Deutsche Bank, em Frankfurt, na Alemanha, cujo projeto de revitalização ficou sob responsabilidade da empresa GMP, em colaboração com o escritório italiano de Mario Bellini, recebeu uma menção especial
. Também foram homenageados os outros quatro finalistas: o edifício residencial Pinnacle Duxton, em Singapura, com 164 m de altura; as torres The Troika, em Kuala Lumpur, de 204 m, 177 m e 160 m; o edifício 8 Spruce Street, em Nova York, medindo 265 m; e as torres Absolute Towers, em Mississauga (Canadá), com 179 m e 161 m.

"O vencedor deste ano incorporou engrenagens ecológicas e urbanas ao projeto. Por honrar esta evolução, o prêmio é uma importante fonte de inspiração para a arquitetura internacional. Isso se reflete também na menção especial concedida pela primeira vez para a revitalização de um arranha-céu como parte do planejamento urbano sustentável”, complementaram os jurados.

Até o próximo dia 13 de janeiro, o German Architecture Museum (DAM), em Frankfurt, mostra em exposição todos os projetos integrantes do prêmio. Quem estiver interessado, pode conhecer mais de perto o arranha-céu vencedor, o da menção honrosa, os finalistas, além dos 26 edifícios indicados.