Em 2012, Rogério ganhou ainda mais projeção e integrou projetos de relevância social como a grife do Instituto Mário Penna e uma linha de comunicação visual para eventos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio%2b20. O trabalho do artista está também em painéis espalhados pela cidade, como a sede do Grupo Corpo, na Avenida Bandeirantes, bairro Mangabeiras; e no Espaço Cultural Cento e Quatro, no centro da capital.
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Versátil, ele desenvolveu ainda uma linha de objetos para casa e de uso pessoal, com almofadas estampadas, moringas de água, pratos, copos, cadernos tipo moleskine e até capas para Iphone que viraram objetos cobiçados. Um orgulho, para ele, é ter tido esse reconhecimento todo em Minas Gerais, onde o público, conforme foi alertado por uma amiga – é muito exigente.
Confira nesta entrevista um pouco mais sobre o estilo deste artista de personalidade forte, alma colorida e democrática e olhar atento aos problemas sociais:
Conte um pouquinho sobre o desenvolvimento de sua técnica. Como você chegou a esse traço que lembra a xilogravura nordestina?
Este desenvolvimento é trabalho de uma vida toda. Sempre amei pintar e desenhar. Como artista amador, sempre foi sem preocupação, a arte sempre foi para me divertir - e ainda é - o nordeste sempre esteve presente na minha vida, tanto na música, na dança, na comida e na arte (de onde vem a influência do cordel). Nós, nordestinos, somo simples na forma de de expressar. Mas intensos
A relação entre arte e decoração é íntima. Como você teve a ideia de desenvolver uma linha de objetos?
Esta relação é íntima porque também sou designer e sempre acreditei na arte aplicada à vida. Que pode ser quadro ou objeto - ou qualquer coisa que eu queira e ache que vale a pena. E como todo o meu trabalho, nasce da minha necessidade de expressão. Não importa se for uma obra exclusiva ou de série. Quem vai decidir o que quer em meu atelier ou no meu site é o meu cliente. Ele pode ter um Rogério Fernandes de R$30 a R$30.000. É assim que penso a arte, ela pode ser democrática, atingir vários públicos. Por que não? Estamos no século 21, é preciso modificar pensamentos e as estruturas elitistas da arte
Qual a sua concepção de uma casa bonita e aconchegante?
É aquela que transparece a alma de seus habitantes. Sempre digo aos meus clientes: não compre nada para combinar com o sofá. Compre porque você amou, tocou seu coração em qualquer sentido. Uma casa aconchegante tem que ter isso. A gente tem que entrar e sentir isso e as pessoas estão, cada dia mais, percebendo isso. E me orgulho muito quando alguém vai à minha galeria à procura desse sentimento que ela quer colocar em casa.
Seu trabalho ficou em evidência na mídia, não só em Minas, em 2012. O que esse ano representou para você?
O ano de 2012 foi intenso demais pra mim em todos os sentidos. De janeiro a dezembro, não parei um só dia. Trabalhei muito, produzi como nunca em minha carreira e acho que a repercussão é um reflexo disso. Fiquei honrado com isso e, sinceramente, não esperava tanto. Uma amiga me falou que era tudo merecido. Perguntei então: será?, no que ela respondeu: querido, se você não fosse bom, pode acreditar, ninguém daria nada, ainda mais em Minas Gerais! Fiquei feliz com isso, pois ser reconhecidos aqui, ainda mais não sendo mineiro, é muito difícil. Os mineiros são muito exigentes.
Quais são suas expectativas para 2013? Novidades nos seus trabalhos, novos produtos?
Em 2013 quero voltar a São Paulo, com um pouco mais de experiência e maturidade artística. Vou continuar morando em Belo Horizonte, que é ótima para viver e criar os filhos, mas meu planejamento principal para 2013 envolve a ponte aérea: abrir um Espaço Rogério Fernandes em São Paulo com galeria, atelier, café, curso de artes.
Rogério, no fim do ano, muita gente faz planos de mudança para os próximos 365 dias. Você já mudou sua vida de diversas maneiras – veio para Minas, era diretor de criação em agência e se fez artista plástico. O que você poderia dizer para quem fica nessa de planos e mais planos? Como fazer acontecer?
Eu costumo dizer: pare de planejar, almejar, desejar e comece a fazer. A trancos e barrancos, se for o caso, mas faça. Não fique esperando a hora certa chegar. A gente nunca sabe. Ninguém nunca me disse: Rogério, vai, meu filho, que sua hora chegou. A vida é curta demais para esperarmos o momento certo. Mas um coisa você pode ter certeza: a vida, o universo, Deus, ou seja lá o que você acredite, estão sempre dispostos a apostar em quem realiza!
Se você quiser conhecer mais sobre o trabalho de Rogério Fernandes, visite a galeria e loja virtual do artista: www.rogeriofernandes.com.br