Apenas dois metros quadrados. O apartamento em que vive uma idosa sul-coreana é surpreendentemente pequeno. Aos 73 anos, Kong Kyung-soon abriu as portas do imóvel em que vive sozinha em Seocho-gu, e a imagem da minúscula morada está repercutindo no mundo inteiro. O lugar é de tamanho tão reduzido que o fogão foi instalado ao lado do vaso sanitário.
Pelo equivalente a quase R$ 700 (360 mil wons) por mês, ela paga o aluguel e as contas da casa. O dinheiro é a grande parte dos R$ 966,50 mensais (500 mil wons) que ela recebe de ajuda do governo e auxílio-transporte.
A vida de Kong Kyung-soon é exemplo de um panorama que se modificou no país nos últimos anos. Mesmo com a economia em crescimento, as novas gerações abandonaram a tradição familiar de reverenciar e cuidar dos pais e avós, que era muito forte com a filosofia confuciana. Atualmente, aproximadamente 1,2 milhão de idosos vivem sozinhos na Coreia do Sul, cerca de 20% da população de pessoas da terceira idade no país. "Se eu ficar doente, vai simplesmente ser o meu fim", disse Kyung-soon.