Situada na beira de um penhasco de 70 metros de altura, esta casa em Dover Heights, perto de Sydney, na Austrália, proporciona uma visão estonteante da natureza ao redor. No litoral, aberta para a infinitude do mar azul, a construção lembra uma grande caixa em forma de paralelepípedo, mas também prima por desenhos curvilíneos. Com projeto do escritório de arquitetura Durbach Block Jaggers, a Holman House, como foi batizada, busca inspiração em um conceito que vem da arte: uma pintura de Picasso.
O privilégio de estar instalada sobre a pedra faz com que a morada se torne um verdadeiro mirante e fique perfeitamente em sintonia com a paisagem natural que, por si só, convida a momentos de puro deleite. A obra O Banhista, do artista espanhol, ganha uma referência a partir das quatro estacas inclinadas que fazem a sustentação do imóvel, de acordo com os autores. Em dois andares, nasce uma série complexa de espaços interiores que valoriza a fluidez em sua configuração, em que um design sinuoso em arcos, dobras e extensões respondem ao sol, à paisagem e à vista.
No interior, os ambientes de convivência permitem o contraste entre as linhas curvas e o reto presente na fachada. Isso acontece, por exemplo, na cozinha e na sala de estar, onde as paredes envidraçadas permitem que o mar adentre a residência.
No pavimento inferior, paredes de pedra emolduram os cômodos, aparecendo como uma continuação do penhasco abaixo, e conferindo uma atmosfera natural à proposta. Essas paredes continuam ao longo da borda da montanha e formam, ao redor da casa, terraços em diferentes níveis que se estendem em dois pátios, para o jardim e para uma piscina de pedra arrendondada.
O imóvel, assim, oferece a possibilidade de viver dias de muito conforto e bem-estar que, para quem está ali, nunca deveriam se esgotar.