Belo Horizonte ganhou mais um espaço cultural. A Prefeitura reinaugurou na noite de terça-feira (10) a Casa Kubitschek (Avenida Otacílio Negrão de Lima, 4.188, Pampulha), espaço que será administrado pela Fundação Municipal de Cultura. O espaço integra o projeto Pampulha: Patrimônio da Humanidade. Duas exposições marcam a abertura do novo espaço museológico, que foi aberto nesta quarta (11) para o público, Casa Kubitschek: Uma Invenção Modernista do Morar e Pampulha: Território da Modernidade.
O espaço, às margens da Lagoa da Pampulha, será dedicado a contar a história de uma casa modernista por meio de espacializações, objetos e estímulos sensoriais. A ideia é ampliar a experiência do visitante em relação aos modos de habitar dos anos 1940, 1950 e 1960, período singular para consolidação do pensamento modernista em Minas Gerais e suas manifestações na arquitetura, no urbanismo, no paisagismo e nas artes. Personagens importantes do período também ganharão destaque no local. A Casa de Kubitschek tem entrada gratuita e ficará aberta de terça a sábado, da 10h às 17h.
Exposições
As mostras que inauguram o espaço pretendem levar o visitante a experimentar o movimento cultural que deixou marcas profundas no modo de ser local, o modernismo. Como bem definiu o urbanista e arquiteto Lúcio Costa (1902-1998), um dos precursores daquele movimento, "ser moderno é ser prospectivo e atual". É esta experiência que o lugar oferecerá por meio de espaços arquitetônicos e afetivos, racionalizados e vividos, que se desdobram e se somam no caminho percorrido que vai da orla da Lagoa da Pampulha, passando pelo singular jardim frontal e seguindo pelos espaços sociais e íntimos desta "casa museu".
A outra exposição, Pampulha: Território da Modernidade, com curadoria de Luana Maia, instalada no andar térreo, traz um viés mais histórico. Inicialmente, contextualiza as várias 'Pampulhas' no tempo e no espaço. Em seguida, recupera a 'Era Kubitschek' em BH e, ainda, o momento de inauguração do complexo arquitetônico, em 16 de maio de 1943, materializando os anseios desenvolvimentistas e modernizadores de JK. A mostra se completa com reminiscências do Arraial de Santo Antônio da Pampulha Velha, surgido em fins do século 19, às margens da atual avenida Antônio Carlos, próxima ao aeroporto. Após a construção da capital, imigrantes que não possuíam condições para se estabelecer na zona urbana lá se fixaram como moradores
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