Um dos assuntos em destaque atualmente é a sustentabilidade. Cada vez mais, a preocupação com o meio ambiente vem tomando conta de todos os setores da sociedade e na construção civil não é diferente. Em um meio no qual se utiliza diversos materiais para obter o produto final, seja para erguer a estrutura, seja no acabamento, o investimento em materiais ecológicos se demonstra mais prático e, em alguns casos, até mais barato.
Um dos exemplos é a madeira biosintética, fabricada com plástico reciclado e fibras vegetais. Sacolinha de supermercado, tampinha de refrigerante, cadeiras de bar, entre outros, são reaproveitados para virar o que representa 70% da matéria-prima do produto e o restante é o agregado das fibras. Os ingredientes são moídos e desse processo resulta uma massa que é derretida para virar pasta líquida e ser depositada em formas. O produto final mede três metros de comprimento, com espessuras variáveis. Estima-se que para cada 700 quilos de madeira biosintética, uma árvore adulta deixa de ser arrancada.
Segundo o proprietário e diretor da Ecoblock, Victor Mascarenhas, que fabrica as peças, a madeira biosintética é até mais resistente que a comum. “A pressão dela chega a suportar toneladas.” De acordo com ele, o material pode ser usado, por exemplo, para a construção de decks de piscinas, bancos, andaimes, e até mesmo como decoração em casa.
“O grande benefício é que você pode lavar com água pois ela não apodrece, uma vez que é feita basicamente de plástico”, afirma. O produto chega a ser entre 15% e 20% mais caro que a madeira natural, mas, segundo Mascarenhas, a durabilidade dele é maior
TIJOLO
Segundo ele, o impacto do produto na natureza é positivo, uma vez que é feito de material reciclável e o próprio tijolo pode ser usado, no futuro, para fazer novos blocos. “As pessoas estão buscando alternativas sustentáveis em construção, mas focam em questões relacionadas à absorção de água da chuva ou economia de energia
No que se refere à pintura de paredes, madeira e metal existem linhas de tintas, esmaltes, látex e vernizes que são solúveis em água e não em tinner. Após a aplicação, o tempo de secagem ao toque é de 30 minutos e depois de duas horas já é possível passar a segunda camada. A secagem dura cerca de seis horas. “Como ela não é diluída em tinner, não libera nenhum odor. Além disso, representa uma economia, pois você pode reutilizar todos os instrumentos que podem ser lavados com água ao final da pintura”, explica o consultor de treinamentos técnicos da Coral Ademir Antônio Rodrigues.