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Fotografias contrapõem a solidão humana à beleza geométrica da cidade

Trabalho de artista alemão mostra cenários urbanos, onde o homem está sozinho, sob novas perspectivas

Joana Gontijo
- Foto: Kai Ziehl/Divulgação

O jogo entre luz e sombra, a imponência do contraste em preto e branco, uma imagem para contemplar. Conferindo outras dimensões à fotografia de arquitetura, neste trabalho um artista alemão cria um estilo estético intenso ao transformar cenários urbanos em uma geometria que recheia cada clique. E para falar sobre solidão.

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Kai Ziehl capturou o panorama de diversas estruturas e edifícios que, a partir do enquadramento proposital, se tornam em destaque formas e linhas geométricas que conversam, unicamente, com a figura humana em seu ser único e sozinho.

Escadarias, estações de trem, pontes, estádios de futebol e outros locais vêem passar silhuetas solitárias que se perdem na cena, apenas algumas vezes a dois. Juntos, o espaço e o homem concebem retratos hipnotizantes que levam o olhar observador a um momento absorto.

O sentimento de isolamento é algo quase natural quando se conhece o trabalho de Ziehl. Cada pessoa aparece como um ponto pequenino em meio a imensidão que a envolve e, quase como uma sombra, se une aos padrões geométricos que preenchem as imagens, levando as modernas construções retratadas ao segundo plano.
- Foto: Kai Ziehl/Divulgação
Acrescidos a esta densa narrativa visual, o artista também explora, em todo teor de sedução e mistério, conceitos como simplicidade e simetria.
- Foto: Kai Ziehl/Divulgação