A vontade de compor o lar no seu jardim em Oxfordshire, no sudeste da Inglaterra, ficou ainda mais forte em Michael com o desgaste em pagar hipotecas e ter altos custos com moradia. Depois de aprender sozinho, em um livro, as técnicas construtivas em COB (material ancestral similar ao adobe que vem sendo recentemente melhor divulgado), ele embarcou no projeto que resultou em uma residência eficiente, barata e esteticamente tão simpática que parece ter saído de um filme (as finalizações arrendondadas fazem lembrar dos redutos hobbits).
Durante dois anos, Buck percorreu vários lugares reunindo o que seria a base da casa, e afirma que a proposta inicial era não ter nenhum tipo de despesa – alguns imprevistos fizeram com que o agricultor pagasse 150 libras (quase R$ 589), no total da obra. Além da estrutura firmada nos conceitos da arquitetura em terra, alguns componentes foram doados ou encontrados no lixo, incluindo ainda a especificaçõe de madeira, pedras e fibras. As tábuas do assoalho, por exemplo, haviam sido descartadas e as janelas já formaram o pára-brisas de um caminhão. Durante a construção não foi utilizada qualquer ferramenta elétrica – a casa, aliás, não tem eletricidade.
O controle da temperatura interna é garantido pelo forno a lenha, colocado embaixo do local onde está a cama, que supre a demanda de aquecimento, além das paredes naturalmente térmicas e o telhado coberto com lã de ovelha, de grande força isolante. O resto do trabalho fica por conta das velas e lanternas. A água provém de uma fonte natural, a geladeira funciona em um poço e o banheiro está em uma área anexa adornada pela visão desimpedida para os os campos verdes do condado.
Material antigo, barato e eficaz
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