As estratégias de segurança mudam de acordo com o tipo da residência. Segundo Igor Bolívar Zenha, gestor do Departamento de Circuito Fechado de TV e Controle de Acesso da Emive Segurança Eletrônica, para cada necessidade existe um projeto e aparelhos adequados. “Se uma pessoa quer proteger seu estabelecimento de furtos internos e externos, podemos usar câmeras dentro e fora do local, além de alarmes que quando disparados fazem com que um vistoriador rapidamente vá verificar o ocorrido. Para pessoas que necessitam de segurança residencial, há cercas elétricas, câmeras com infravermelho. Enfim, o projeto de segurança deve ser personalizado”, explica o especialista.
Os equipamentos utilizados em casas, prédios e condomínios são praticamente os mesmos, o que difere é a forma como são operacionalizados
“Não adianta você adquirir um excelente equipamento e não saber utilizá-lo de forma adequada, e não adianta ficar anos com um equipamento sem dar a manutenção correta. Quem adquire esses serviços precisa ser responsável, porque sua forma de cuidar desse equipamento vai fazer toda a diferença na hora em que você necessitar dele”, defende. Como também não adianta querer garantia de total segurança depois de estar em uma região perigosa e em um imóvel pouco seguro. Os cuidados começam no projeto. Segundo a arquiteta Juliana Lopes, gestora de projetos da MRV Engenharia, medidas adotadas já na construção podem dar mais certeza de segurança para os moradores.
“Pensamos sempre em modos de restringir o acesso ao condomínio. Nossos edifícios, por exemplo, sempre têm uma guarita central acima do nível da rua, para dar mais visibilidade e segurança ao próprio porteiro ou vigia, evitando que seja diretamente abordado com uma arma de fogo
Escolha acertada
Optar por equipamentos de segurança e barreiras físicas, como muros, vai depender do tipo de imóvel, localização e perfil do cliente
Escolher bem pode fazer toda a diferença. O imóvel ideal é aquele que atende o perfil e as necessidades do cliente, mas isso deve andar ao lado de outras preocupações. Segundo Celso Luiz Lima, sócio-diretor da GranVille Netimóveis Contagem, na hora de comprar ou alugar um imóvel os clientes se voltam para localização, segurança, preços e condições de pagamento, e para a confiança transmitida na negociação. “Todos se preocupam com a segurança, porém, em algumas situações são necessários investimentos particulares para obter essa sensação”, acredita. Mas essa preocupação é ainda maior hoje do que no passado, por causa da criminalidade e da impunidade que a impulsiona.
Sítios e chácaras costumam sofrer ainda mais com a falta de segurança por ser imóveis mais distantes, não habitados na maior parte do tempo e com vias locais de pouca movimentação. Segundo o diretor da GranVille, o cliente que adquire um imóvel nesse perfil tem ciência da necessidade de reestruturação quanto à segurança. “Sempre procuramos orientar os clientes quanto à segurança daquele local. Também buscamos oferecer imóveis com perfil de sítio ou espaço maior localizados em condomínios”, afirma. Na opinião de Celso, no aluguel ou na compra, a pessoa deve considerar o mínimo de infraestrutura, como muros, grades e cercas, apesar de não ser um motivo de desistência do negócio, já que ele pode sempre prover esses recursos.
Uma infinidade de opções
Diferentemente do que muitos imaginam, muros fechados e altos não são a melhor opção para dar segurança. Segundo Igor Bolívar Zenha, gestor do Departamento de Circuito Fechado de TV e Controle de Acesso da Emive Segurança Eletrônica, isso ocorre porque os ladrões ficam escondidos e livres para fazer o que quiserem. “A melhor opção são muros com vidros ou portões de ferro vazados, que permitem que vizinhos e transeuntes percebam o que está ocorrendo na residência e acionem a polícia caso percebam alguma movimentação estranha”, explica. Mas só muros adequados já não são suficientes. “Por isso é importante colocar arames farpados, cercas elétricas, grades nas janelas e interfones, fechadura elétrica, sensores de iluminação na fachada do imóvel. Deve-se também fazer um projeto para que toda a fiação fique embutida, diminuindo o risco de sabotagem.”
Um projeto de segurança necessita da avaliação de um consultor que faça os levantamentos de risco e as necessidades de cada cliente, pois cada um tem uma particularidade. Outra tendência é levar para os bairros “abertos”, os mais afetados pela violência urbana, o conceito dos condomínios. “Por isso a segurança eletrônica tem sido muito procurada. Além dos equipamentos instalados nas residências, os moradores estão pedindo a instalação e monitoramento de câmeras nas ruas e a circulação de viaturas 24 horas. Isso é uma quase imitação do modelo já utilizado em condomínios e que têm tido excelentes resultados. Com certeza, ruas monitoradas irão inibir mais a ação de ladrões e vândalos”, diz.
CUIDADO MÁXIMO
Cada imóvel precisa de soluções de segurança específicas para sua realidade. Nem sempre é possível recorrer a todas as opções disponíveis no mercado. Especialistas em segurança mostram os cuidados para garantir a máxima proteção.
» Casas - Para que uma casa esteja plenamente segura é necessário recorrer à cerca elétrica, alarme, fechadura elétrica, interfone com visor eletrônico, câmeras pelo menos no lado externo da residência e luzes que se acendem com o movimento externo.
» Prédios - Precisam dos mesmos serviços adotados pelas casas, mas também de um cuidado extra: soluções de segurança com foco no acesso ao prédio, andares, garagens e áreas comuns.
» Condomínios - A diferença em relação aos prédios e casas é que o condomínio pode ainda recorrer à instalação de câmeras em todas as ruas, além de vigilância motorizada 24 horas nessas vias de circulação interna.
» Imóveis comerciais - Diferentemente dos serviços de segurança para residências, nos imóveis comerciais há uma preocupação também com roubos internos de clientes mal-intencionados. Para isso, câmeras internas que monitorem o movimento nos edifícios são uma prioridade. Muitos comerciantes buscam monitorar quem entra e sai do estabelecimento, então câmeras externas são muito usadas, além de câmeras colocadas em pontos estratégicos e confidenciais que monitoram os vendedores e trabalhadores. Os alarmes também devem ser utilizados.
Fonte: Emive Segurança Eletrônica