O Fazenda Pacu Residence, do Grupo Morada Imóveis, em Inhaúma é o primeiro condomínio residencial do estado a contar com clube de pesca - Foto: Daniel Mansur/Divulgação O conceito começou tímido nas grandes metrópoles, depois se tornou opção atrativa de moradia em cidades da região metropolitana e agora chega a municípios do interior. Em Minas Gerais não é diferente. Os condomínios fechados se espalham por áreas mais distantes de Belo Horizonte para suprir uma demanda crescente de moradia diferenciada. Muitos mineiros começam a buscar mais qualidade de vida, infraestrutura completa e segurança para a família em um único lugar.
Na visão do sócio e diretor da Neo Urbanismo Carlos Eduardo Battesini Pereira, construir condomínios fechados no interior é uma tendência no mercado mineiro. O objetivo é atrair moradores que querem unir a praticidade de estar perto da cidade com a vantagem de morar em locais bem planejados, que oferecem contato com natureza, área de lazer e mais segurança. “As cidades médias estão ficando mais fortes, atraindo indústrias. Com isso, surge uma classe média que gosta da vida do interior, mas sonha em morar com padrão de qualidade mais alto e aproveita a oportunidade de se mudar para um condomínio fechado.”
Contato com a natureza é um dos atrativos de venda. Na foto, empreendimento do Grupo Vitória da União em Montes Claros - Foto: Grupo Vitória da União/Divulgação Polo da moda em Minas, Divinópolis, na Região Centro-Oeste, será uma das cidades contempladas com um projeto de condomínio residencial da Neo Urbanismo. Apesar de já haver vários empreendimentos similares no município, Battesini enxerga uma demanda crescente. “A cidade tem uma cultura forte de loteamento e os moradores querem morar em um local mais tranquilo”, avalia.
Marco Tulio Silva e Carlos Eduardo Battesini Pereira, da loteadora Neo Urbanismo: incorporadora amplia atuação para outras regiões do estado - Foto: Euler Júnior/EM/D.A Press A incorporadora também se prepara para erguer outro condomínio fechado em Ouro Preto, na Região Central, onde existe uma carência enorme de moradia em todos os segmentos. “Acreditamos que, em poucos anos, o interior de Minas terá a mesma qualidade do interior de São Paulo, ou seja, terá uma economia muito forte. O estado é privilegiado do ponto de vista geográfico.” O diretor de expansão de negócios da Neo Urbanismo, Marco Tulio Silva, adianta que os dois projetos estão em fase de aprovação e devem ser lançados no ano que vem.
CARÊNCIA Estudo do Grupo Morada mapeou cidades com mais de 100 mil habitantes que comportam loteamentos fechados voltados para primeira moradia
. Sete Lagoas, na Região Central, é uma delas. O Residencial Vale do Sol é um dos condomínios vendidos com mais rapidez pela empresa, confirmando o resultado da pesquisa. A grande maioria dos compradores são moradores de Sete Lagoas. O Grupo Morada tem planos de levar o conceito para Uberlândia, Tiradentes e Paracatu. “As cidades estão melhorando muito com a ascensão das classes C e D, o que gera um comércio forte nas cidades e leva parte da sociedade a se capitalizar e pensar em uma moradia diferenciada”, analisa o diretor comercial do Grupo Morada, Rogério Rodrigues.
Condomínio Vale do Sol, em Sete Lagoas - Foto: Grupo Morada Imóveis/Divulgação Rodrigues destaca como vantagem para o comprador a valorização de um imóvel em condomínio fechado. “Em uma cidade com 100 mil habitantes, é claro que um empreendimento nos padrões de Belo Horizonte vai ganhar destaque. É o mesmo que adquirir um apartamento na Zona Sul. O comprador sabe que vai morar bem e o imóvel se valorizará.” No caso do Vale do Sol, o empreendimento é mais atrativo porque Sete Lagoas está no Vetor Norte e com as obras de mobilidade vai ficar mais próximo do aeroporto de Confins.
A área de lazer e para práticas esportivas é agraciada pela paisagem das montanhas no lançamento do Grupo Vitória da União - Foto: Grupo Vitória da União/Divulgação Em Montes Claros, na Região Norte, o Grupo Vitória da União oferece um conceito inovador, chamado de loteamento monitorado. “Não é um condomínio totalmente fechado. A área social com clube e espaços para diversão será restrita aos moradores
. Por outro lado, as pessoas podem transitar livremente, mas vai haver monitoramento com segurança”, explica o diretor jurídico da empresa, Jader Nassif. Ele enxerga que empreendimentos como o Pampulha Tennis Residence se expandem para cidades onde a segurança está aquém do mínimo necessário e a tendência é de que o modelo chegue a municípios ainda menores.