Metragem adequada, divisão dos cômodos ideal, acabamento de qualidade e um preço que cabe no orçamento. Essas são as principais preocupações de quem está em busca da casa própria, seja ela usada ou ainda na planta. Claro que são questões fundamentais para bater o martelo, mas certamente não são as únicas. Para se respaldar ao máximo e ter o maior volume de informações para tomar a decisão mais acertada possível, o futuro proprietário deve estar disposto a fazer um verdadeiro trabalho de detetive.
CRITERIOSAS
Quando se trata de um apartamento ou casa já usados, as pesquisas devem ser ainda mais criteriosas. “A começar pela documentação. Somente se o atual proprietário tiver o registro é que ele poderá transmitir o seu domínio”, alerta Paulo Tavares, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG). A certidão atualizada de ônus é importante para verificar se o imóvel está desembaraçado. “Débito de IPTU e até dívidas com o condomínio devem ser questionadas. Se houver dívida passada, o atual proprietário irá herdá-las”, lembra Paulo
Verificada a possibilidade de realização do negócio, é hora de checar algumas variáveis que podem ser fundamentais para garantir o bem-estar da família no novo endereço. “Cada um dos sistemas, seja ele elétrico, hidráulico e até de revestimento, tem uma vida útil. Dependendo da idade do imóvel e do tipo de material utilizado, pode haver a necessidade de uma manutenção grande no futuro, e a pessoa não sabe na hora em que compra”, observa Frederico. São informações importantes não apenas para a tomada de decisão, como também para a negociação. “Ele terá uma noção real dos riscos que está correndo e poderá utilizar essas informações, inclusive, para negociar o valor fixado”, aconselha o especialista. Trincas, vazamentos, infiltrações, entre outros vícios da obra também devem ser observados.
Consultar os vizinhos pode fazer a diferença. “Eles poderão dizer se há algum problema com o prédio, alertar sobre algum vício oculto, como vazamento, trincas, entre outras questões”, observa Paulo. As principais regras do condomínio, os moradores mais problemáticos, questões de ruído e até de segurança no bairro também podem ser verificados em uma conversa rápida com os futuros vizinhos.