Criador da Central Denox, disponível há um mês, o empreendedor Gustavo Travassos aposta em soluções colaborativas para monitorar a segurança de forma mais eficiente. “Os sistemas atuais isolam as pessoas. Com o nosso conceito, é possível agir rapidamente ao saber de um assalto na casa ao lado ou caso dispare o alarme do vizinho que está viajando”, pontua. A nova plataforma permite a criação de uma rede de confiança, que pode incluir vizinhos, parentes e inclusive o porteiro do prédio, todos ligados à central. Diante de um acontecimento suspeito, gera-se um alerta automático e em tempo real, permitindo que os usuários recebam a informação instantaneamente e consigam pedir socorro com mais agilidade.
Em um chat privado, as pessoas que integram a rede de confiança compartilham informações e imagens que podem servir de alerta para os mais próximos. Caso um alarme dispare, por exemplo, todos os usuários recebem o aviso por mensagem de celular, e-mail e telefonema, até que alguém esclareça a situação e tome uma atitude. “Imagine um prédio que está sofrendo um arrastão. Normalmente, não tem nada que se possa fazer. No caso do nosso sistema, qualquer pessoa pode apertar o botão de pânico sem fio e os usuários que estão fora do local são avisados”, destaca Travassos
ROTINA
Com a Rede de Vizinhos Protegidos, a PMMG incentiva um convívio mais próximo entre a vizinhança para prevenir a violência. “Somente as ações do estado não eram satisfatórias para combater efetivamente o crime, que precisa de um criminoso motivado, vítima disponível e ausência de vigilância pró-ativa para ocorrer”, comenta o chefe da Sala de Imprensa da Polícia Militar de Minas Gerais, major Gilmar Luciano Santos. À medida que todos em volta ficam atentos à movimentação, não há mais um ambiente favorável para a criminalidade. Apesar de não divulgar números, a PMMG garante que várias ocorrências foram evitadas, desde 2005, com o apoio da comunidade.
A recomendação de Santos é conhecer bem a rotina dos vizinhos e acompanhar a vida deles. Quando houver alguma desconfiança, deve-se tentar contato com o proprietário da residência ou ligar diretamente para a patrulha do bairro. Veículos parados em portas de residências e ambulantes tocando interfone em todos os apartamentos são alguns sinais de alerta