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Nada convencionais, contêineres podem se transformar em casa ou bar

Compartimento de metal destinado ao transporte ou guarda de cargas ganha nova destinação. A estrutura pode ser transformada em moradia e levada para onde o dono quiser

Mariana Laboissière
O engenheiro Alessio na casa contêiner: uma vitrine para mostrar a viabilidade da proposta como residência, que abriga até um espaço de lazer - Foto: Paula Rafiza/Esp. CB/D.A Press
O que era para ser um depósito de móveis antigos se transformou no doce lar de um casal de arquitetos e restauradores. O imóvel, nada convencional, não é feito de tijolos, madeira ou palha. Não tem telhado ou janelas, mas conta com sala, quarto e cozinha, como qualquer outra moradia. Diferentemente da maioria, essa pode ser levada a qualquer lugar. Trata-se de uma casa feita a partir de contêineres, instalada em Brasília.

A estrutura reúne quatro unidades de seis metros cada uma, usadas, normalmente, para o transporte de carga. Mas, assim como outras residências, ela possui sistema de iluminação, encanamento e até tevê por assinatura. A compra do primeiro contêiner ocorreu após uma reconciliação, conta Ana Laterza, 26 anos. Segundo ela, a separação dos pais durou um ano e rendeu duas casas de solteiro mobiliadas.

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O custo é 15% menor em comparação com a edificação tradicional e é de baixo impacto ambiental - Foto: Chris Cooper/Poteet Architects/DivulgaçãoDa decisão de se unirem novamente, veio a vontade de construírem um espaço comum. “Eles compraram um lote para erguer a casa
. Acontece que não tinham onde colocar as coisas dos dois, pois acabaram se mudando provisoriamente para um apartamento enquanto a obra acontecia. Nesse momento, eu e meu marido pensamos logo em colocar tudo em um contêiner”, explica.

Os pais de Ana foram surpreendidos com a proposta do casal de morar em um contêiner para acompanhar de perto a construção da casa. “Eles acomodariam as coisas e a nós também. Pensamos que seria bom tanto para eles quanto para nós, pois, faríamos o projeto da casa nova e eles nos cederiam os contêineres. Assim, saíamos do aluguel”, completou Alessio Gallizio, 29 anos, marido de Ana.

Além de acompanhar a obra, o casal decidiu reformar os contêineres, a fim de transformá-los em um local agradável para morar. “Falamos com os meus pais que a ideia seria levar a casa de lata embora ao fim da construção. Meu pai apoiou desde o início. Por ele ser engenheiro, foi mais fácil”, arrematou Ana. A moradia dispõe, entre outras coisas, de banheiro, sala de jantar e área de lazer, onde o casal pendurou uma rede
.