Outro ponto importante do comportamento do mercado imobiliário depois da Copa no Brasil é que, de acordo com o presidente da Lar Imóveis, as construtoras vão continuar construindo. “Mas com velocidade muito inferior e planejando mais as vendas e os lançamentos”, observa. Ainda assim, Luiz Antônio Rodrigues garante que o mercado vai ter comprador porque o déficit habitacional ainda é muito grande. Ele revela, por exemplo, que só a Lar Imóveis aluga 100 imóveis por mês. “E tem a classe desamparada pelas construtoras, que é a classe média
Luiz Antônio Rodrigues diz que é preciso deixar claro que, há dois, três anos, quando ocorreu o boom imobiliário no Brasil, o comportamento do mercado era outro. “Até então, quem dava as cartas era o vendedor. Ele colocava um preço para vender e ponto final. Hoje, o mercado virou. Agora, ele é do comprador. É ele quem determina quanto pode pagar e de que forma.” Por isso, o empresário ressalta a importância das imobiliárias, como mediadoras, terem corretores habilidosos para fazer com que o negócio ocorra.
Diante dessa visão otimista do mercado, Luiz Antônio Rodrigues recomenda: “O pós-Copa vai ser excepcional para o comprador, porque é o momento dele. É ele quem está dando as cartas.” O empresário, conhecedor do mercado brasileiro e dos Estados Unidos, pontua ainda que “os mercados se inverteram. Lembra que o Brasil invadiu Miami? Isso ocorreu porque, há dois anos, o momento dos EUA era do vendedor. Agora, mudou, voltou para as mãos do comprador
ELEIÇÃO DEVE INFLUENCIAR NO MERCADO IMOBILIÁRIO
Ariano Cavalcanti de Paula, presidente da Netimóveis Brasil e conselheiro da CMI/Secovi MG, diz que “não podemos falar no boom do mercado pós-Copa, já que, não só o setor imobiliário, mas todos os mercados dependem do rumo da economia. Na verdade, aguardamos o resultado pós-eleição, no que tange a estrutura como um todo, principalmente taxa de juros e contas do governo. Agora, se houver uma melhora, seguramente existe uma força acumulativa do setor para crescer.”
Para Ariano de Paula, o potencial de crescimento é expressivo e, “com cenário favorável, tem tudo para exercer sua força nos próximos anos. No entanto, a explosão do potencial reprimido depende do ambiente macroeconômico” do Brasil.