Segundo o gerente de negócios da Construtora Escala, Adimilson Moura, a empresa, há seis anos no mercado, tem como público-alvo a classe média e, diante da demanda cada vez maior, há quatro anos passou a oferecer esse tipo de personalização. “Os clientes estão cada vez mais exigentes e querem algo mais com a cara deles. Sabemos que cerca de 40% das pessoas que compram um imóvel pronto fazem alterações nele”, diz Adimilson, lembrando que a reforma depois de o apartamento construído gera transtornos, além dos preços mais altos do material e, em alguns casos, há a necessidade de aprovação do novo projeto. “Há um custo dobrado. Quando o cliente opta em fazer as alterações com o apartamento ainda na planta, ele tem a possibilidade de fazer tudo do gosto dele e a um preço melhor. Oferecemos uma consultoria gratuita, para que nenhuma alteração prejudique a estrutura do prédio”, diz. Nos empreendimentos da Construtora Escala, cerca de 20% dos clientes pedem a customização.
De acordo com sócio da Construtora Talent, Pedro Damásio, a empresa, voltada para empreendimentos de alto luxo, já tem essa personificação em quase todos os apartamentos vendidos. “Temos um setor de arquitetura voltado para isso, mas muitos proprietários já trazem o seu arquiteto e decorador
CUSTOMIZAR EMPREENDIMENTOS COM MUITAS UNIDADES É DESAFIO PARA EMPRESAS
Na avaliação do vice-presidente da área de corretores de imóveis da Câmara Imobiliária de Minas Gerais (CMI/Secovi), Flávio Galizzi, a personalização em empreendimentos com muitas unidades pode ser algo complexo. “Observamos que é um desafio para ser executado, já que as construtoras têm o seu prazo de entrega de um edifício e se ela abre mão para os clientes realizarem seus desejos, o tempo pode não ser suficiente”, diz. Uma alternativa é oferecer um kit acabamento. “É estabelecer alternativas de mudança para que o cliente tenha opções. Mas, aquelas que conseguem gerenciar essa vontade do proprietário com o prazo estabelecido terão um índice de aprovação muito grande.”