O prédio terá 75 mil metros quadrados, 18 andares e vai abrigar entre 8 mil a 10 mil servidores municipais. Ele terá apenas 300 vagas de estacionamento, pois a ideia é estimular o uso do transporte coletivo. O atual prédio da rodoviária funcionará como terminal de integração de modais e será a principal área de integração do transporte público.
De acordo com o secretário Municipal de planejamento e gestão, Vítor Valverde, já foi publicado o processo de manifestação de interesse (PMI), por meio do qual a prefeitura vai conhecer possíveis parceiros. Está também em elaboração o plano de operação do Centro Administrativo, que vai prever o funcionamento da nova sede do administrativo municipal e o que será estabelecida na parceria público privada (PPP), modalidade escolhida para dar andamento à obra. Depois dessas fases, será aberta licitação para construção do prédio.
O secretário disse ainda que o projeto é resultado de estudos da prefeitura que levaram mais de um ano e contou com consultoria externa do ponto de vista da viabilidade econômica e da definição do local, entre outros fatores. Segundo ele, o Centro Administrativo não será inaugurado nessa gestão, que vai até o fim de 2016: “Nosso legado é no aspecto da
economia, da eficiência e do estabelecimento de nova dinâmica de funcionamento da prefeitura”.
O coordenador da comissão julgadora do concurso, o arquiteto José Júlio Vieira, acrescentou que a comissão optou por premiar propostas não apenas voltadas para a necessidade da administração pública, mas pensadas para a cidade e a população. “O projeto escolhido tem personalidade marcante e desenvolve relação positiva com o entorno, além de cumprir todos os requisitos técnicos, entre eles sustentabilidade ambiental, relação com os prédios vizinhos e inserção urbana”.
A proposta vencedora, no entanto, não é a versão definitiva
Uma estrutura de 20 metros de altura vai sustentar a edificação e ligá-la à praça. Também está prevista a revitalização do entorno. Pela proposta, um parque urbano sairá da rodoviária, passando pela Lagoinha, até a Praça do Peixe, no bairro Bonfim, na região Noroeste de BH. De acordo com o arquiteto José Júlio Vieira, a ideia é que o pedestre saia da Praça Rio Branco e vá a pé até a Lagoinha, sem cruzar qualquer rua. “A Praça Rio Branco e o prédio da rodoviária são tombados pelo patrimônio. Por isso, é importante garantir que a edificação dialogue com esse entorno e preveja a sua revitalização”.