Ao se apropriar de prática usual nos Estados Unidos, porém "tropicalizando-a", Gribel procurou primar por uma valorização da atividade de corretor. "Queremos valorizá-lo investindo em treinamentos, respeitando-o por meio de remuneração condizente com seu trabalho e também em tecnologias que o auxiliem a desenvolver melhor as práticas, como o e-commerce, por exemplo", comenta. Dentro desse modelo, as comissões pagas aos corretores podem chegar a até 60%, enquanto no mercado o teto fica na casa dos 27%.
O processo é novidade e o empreendedor tem expectativas de expandi-lo para outros centros, como São Paulo e Rio de Janeiro. "Você cria algo novo em momentos mais delicados do mercado, verifica os erros e tenta consertá-los. Já temos investidores desejosos em trabalhar conosco e pretendemos expandir as operações para São Paulo e Rio de Janeiro o quanto antes", ressalta Gribel. Vale frisar que, para implementar o modelo, a Morus se preparou previamente e fez investimento de R$ 500 mil na estrutura física e no ano que vem injetará R$ 1 milhão na área de tecnologia da informação.
VANTAGENS PARA TODOS
Para a Morus, o objetivo é quadruplicar as vendas já em 2015. Com isso, apesar da redução na margem de lucro, haverá ganho maior graças ao maior número de negócios concretizados
O diretor crê que o novo e arrojado molde "funciona" exatamente pelo fato de valorizar o "profissional que está na ponta". O corretor Mayk Santos é um exemplo digno de exaltação. Com apenas 21 anos, Santos praticamente duplicou seus rendimentos e atualmente recebe 45% de comissão nas vendas. A meta é atingir os 60%. "Tenho em mente tornar-me um corretor sênior em até seis meses", diz. O profissional cogitou abrir um escritório próprio, mas os altos gastos na empreitada e, principalmente, as vantagens que tem o fizeram permanecer fiel à Morus. "Sou dos mais jovens dentro da empresa, trabalho aqui faz três anos. Essa valorização e estrutura oferecida não encontrarei tão facilmente", finaliza