De acordo com o empresário Lúcio Souza Assunção, antigo diretor da Cinova, foi feito todo o processo de expansão urbana do bairro, com água, luz e saneamento básico. “Foram feitos aproximadamente 1,3 mil lotes. No começo, demorou um pouco, mas, como tínhamos experiência com loteamento, por termos urbanizado o Cidade Nova, tudo ocorreu como planejamos”, destaca. Assunção explica ainda que as ruas do bairro permaneceram da mesma forma que eram antes. Foram acrescentadas apenas algumas avenidas de grande importância, como a Tancredo Neves, que dá continuação à Pedro II. “O que modificou muito foi o uso dos lotes. No início, eram construídas apenas casas, depois começaram a erguer os prédios e edifícios, e, posteriormente, os conjuntos de prédios começaram a tomar conta da região.”
Localizado na Região da Pampulha, o Castelo é apontado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis da Universidade Federal de Minas Gerais (Fundação Ipead/UFMG) como um bairro de alto padrão. A classificação foi feita pelo fato de a renda média mensal dos domicílios ser igual ou maior a 8,5 salários mínimos e menor do que 14,5 salários mínimos. Por ser um bairro residencial, existem vários comércios no Castelo que abastecem os moradores da região, como padarias, farmácias, restaurantes, lojas, escolas e posto de gasolina. Os residentes que preferem utilizar o ônibus como transporte público contam com várias linhas para se deslocar do bairro para as principais regiões da cidade.
Ainda segundo Araújo, os preços por metro quadrado na região variam. Se for um padrão médio, com até duas vagas de garagem, varia entre R$ 6 mil e R$ 7 mil o metro quadrado (m²). Caso seja um estabelecimento mais luxuoso, o valor aumenta entre R$ 7,5 mil e R$ 8 mil o m². Já os lotes podem ser encontrados por R$ 5 mil o m².
TRANQUILIDADE
Como o bairro não tem muitas opções de atrações noturnas, é conhecido pela tranquilidade e segurança. No local, moradores contam com o sistema de prevenção contra a criminalidade criado pela 9ª Companhia Especial do 34º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Para se divertir, os moradores precisam se deslocar para os bairros próximos
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“O bairro foi urbanizado no período do regime militar no Brasil. Como os donos da Fazenda da Serra, que tinha muita influência na cidade – com atividades voltadas para a pecuária extensiva de gado leiteiro, a extração de madeira e a agricultura de subsistência – eram favoráveis à ditadura, colocaram o nome de Castelo Branco, ex-presidente militar. Porém, como não sabíamos se ia ser ou não positivo colocar esse nome, nós, da Cinova, preferimos deixar apenas Castelo. À época, consegui ainda com a Prefeitura de Belo Horizonte colocar as ruas do bairro com nomes de castelos. A maioria deles é portuguesa, já que o Brasil não conta com esse tipo de construção.”