O aborrecimento de Rosana é comum à maioria das pessoas. Especialmente nesta época do ano, de clima quente e chuvas rápidas, que colabora para o aparecimento dos indesejáveis insetos. Bichinhos aparentemente inofensivos, os cupins têm uma força devastadora. Conhecidos popularmente por aleluia, eles invadem as residências e se transformam num enxame em torno das lâmpadas. Quando perdem as asas, escondem-se nos móveis e, em poucos meses, destroem mobiliário, pisos e portas de madeira.
Há quem diga que o aparecimento do bicho anuncia a chegada da chuva, mas o que ele busca, na realidade, é formar uma colônia. “Isso ocorre porque os insetos com asas são cupins machos e fêmeas férteis que voam com o único objetivo de encontrar um par para acasalamento, e buscam nas residências um local para formar o ninho”, explica a bióloga Daniela Fernanda dos Santos, da By Control Soluções em Controle de Pragas.
O cupim pode sobreviver até 30 anos e reproduzir de 30 mil a 80 mil ovos por dia. As espécies mais comuns no meio urbano, de acordo com a bióloga, são o cupim subterrâneo (Coptotermes gestroi), o de madeira seca (Cryptotermes brevis) e o arbóreo (Nasutitermes).
Dos três, o subterrâneo é o mais devastador
Uma medida preventiva contra esses insetos é o uso de telas em portas e janelas. Mantê-las fechadas durante o período de infestação também é um paliativo. A revoada de cupim dá-se no início da noite, quando as luzes das casas começam a ser acesas. É que os bichinhos são atraídos pelas luzes ultravioletas – onda de luz emitida pelas lâmpadas – e invadem os lares em bando.
CONTROLE
Apagar as luzes e deixar apenas um ponto iluminado também pode ajudar na remoção e na identificação da espécie por um especialista, segundo a bióloga. Ela sugere, ainda, estar atento à origem da revoada
A bióloga afirma que existe no mercado, há seis anos, um sistema americano de iscas, capaz de aniquilar a praga e prevenir futuras proliferações. “É aplicado um inibidor do crescimento do cupim. Ou seja, ele age no ciclo biológico, inibindo a formação da pele e impedindo o seu crescimento”, explica.
O sistema, no entanto, não é barato. Para uma casa de três ou quatro quartos, por exemplo, o tratamento custaria, em média, R$ 4 mil. No caso de o problema ter sido detectado em um apartamento, o sistema teria de ser aplicado em todo o prédio. Se for um de quatro andares, o orçamento ficaria em torno de R$ 20 mil. Por isso, a prevenção é tão importante. Para o bolso, especialmente.