Lugarcerto

Pisos de prédios históricos, com seus belos desenhos, inspiram projeto nas redes sociais

Além da colaboração dos brasileiros, a galeria também conta com fotos de países como México, França, Espanha, Itália, Israel, Polônia e Japão

Hellen Leite
- Foto: Chão que eu piso/Divulgação
Quatro pisos de prédios históricos de foram inspiração para a criação de uma coleção artesanal de cadernos de anotações: o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e Memorial Minas Gerais Vale, do Cine Theatro Brasil Vallourec do Museu de Artes e Ofícios, todos em Belo Horizonte. Paola Carvalho e Raíssa Pena são as idealizadoras do projeto que transforma traços encontrados no chão em estampas.

Batizado de Chão que eu piso, o plano começou com uma divertida obsessão, em 2013, quando Paola, apaixonada por detalhes arquitetônicos, começou a fotografar e a publicar em suas redes sociais os pisos dos prédios que visitava em Belo Horizonte e por onde viajava. Paola conta que a intenção nunca foi mostrar o pé ou o sapato, mas jogar luz tanto sobre a estética do piso, quanto na história do lugar onde ele se encontra. Os amigos perceberam a predileção e passaram a contribuir, enviando fotos dos pavimentos que julgavam interessantes.

Com a parceria da amiga Raíssa, foram criados perfis no Facebook e no Instagram, além do site www.chaoqueeupiso.com.br. “E, a partir daí, iniciou-se uma coleção virtual com fotos de chão em que pisamos por aí – especialmente ladrilhos hidráulicos, mosaicos e tacos”, destaca. Pessoas do mundo todo aderiram ao projeto. Hoje já são mais de 2 mil fotos enviadas de cidades brasileiras e de outros países, como México, França, Espanha, Itália, Israel, Polônia e Japão.

Para participar da coleção virtual, basta enviar uma foto pela página do Facebook, usar a hashtag #chaoqueeupiso no Instagram ou entrar em contato pelo endereço de email contato@chaoqueeupiso.com.br.

À esquerda: um mosaico da Igreja Matriz de Senhora Santana, em Itaúna, Minas Gerais. A atual construção é de 1935, mas ela carrega uma história que começou em 1739, quando os portugueses fundadores da cidade resolveram criar por lá um oratório. À direita: um piso da tradicional Glaser's Bake Shop, em Nova York. Uma família de imigrantes alemães abriu a loja em Yorkville, no Upper East Side, em 1902 - Foto: Chão que eu piso/Divulgação À esquerda: o piso da Catedral Nossa Senhora da Vitória, em São Luís, Maranhão. O desenho foi feito pelo padre luxemburguês Felipe Bertendorf e aprovado por Roma. A catedral foi edificada com mão de obra indígena e inaugurada em 1699. À direita: o piso de um apartamento pessoal. A moradora tentou reproduzir nos mínimos detalhes a casa em que cresceu, no interior de Minas Gerais - Foto: Chão que eu piso/Divulgação À esquerda: o chão do Museu Nacional de Belas Artes, no centro histórico do Rio de Janeiro. À direita: o piso da Casa Una Centro de Cultura, que funciona em um casarão histórico do tradicional bairro de Lourdes, em Belo Horizonte - Foto: Chão que eu piso/Divulgação As estampas também são impressas em cadernos de capa dura, que podem ser encomendados pelo Facebook, Instagram ou email de contato (R$ 25,00) - Foto: Chão que eu piso/Divulgação