Para o presidente da CMI/Secovi-MG, Otimar Bicalho, o aumento na aprovação do número de projetos indica que há uma recuperação da confiança do mercado imobiliário, mas a tendência é de redução ao longo do ano. Segundo o dirigente, em janeiro deste ano havia um estoque de 4.320 apartamentos prontos. Em abril, já eram 7.194 unidades.
No total, a PBH concedeu o habite-se a 4.474 unidades, que somadas ao saldo do início de janeiro, totalizou 8.794 imóveis no estoque. “Mantida a venda de 400 unidades novas ao mês, são 1.600 unidades negociadas, permanecendo um saldo de 7.194, que é mais confortável ao mercado imobiliário, sem ser exagerado, mantendo boa oportunidade de opções ao comprador, mas com tendência de redução ao longo do ano”, pondera.
Segundo o executivo, a redução está relacionada ao número de unidades aprovadas de janeiro a abril de 2015. “Foram 3.461 unidades aprovadas. Desse montante, 700 foram para atendimento ao programa do governo federal Minha casa, minha vida, com conjuntos superiores a 100 apartamentos. Restam, portanto, cerca de 2.700 unidades para atender ao mercado com unidades avaliadas a partir de R$ 170 mil.”
Depois da alta no ano passado, os preços dos imóveis sofreram uma baixa e estagnaram. Mas o presidente prevê reajuste a partir de julho. Tudo em razão, justamente, dessa estabilidade, somada à inflação de mais de 8%. “Os compradores que pretendiam lucrar com a valorização dos apartamentos em construção já são minoria e estão saindo do mercado. Para as empresas incorporadoras, por objetivo empresarial, não é justificável vender com prejuízo. Não há como evitar o reajuste de preços.”