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NOVA SUÍÇA

Bairro em evolução, Nova Suíça chama atenção de investidores

A ampliação da Avenida Amazonas na década de 1940 deu início ao desenvolvimento do Nova Suíça, que ainda vislumbra grande potencial de crescimento

Gustavo Perucci

Vários empreendimentos novos garantem a renovação deste tradicional bairro da Região Oeste - Foto: JAIR AMARAL/EM/D.A PRESS

 

Um dos bairros mais tradicionais da Região Oeste de Belo Horizonte, o Nova Suíça reúne todas as melhores características da vizinhança com um clima de cidade do interior. Localização privilegiada, ótimo acesso e boas opções de comércio são os grandes atrativos da região.

A grande expansão do bairro veio com a ampliação da Avenida Amazonas na década de 1940, durante o governo do então prefeito de BH Juscelino Kubitschek. Hoje, o Nova Suíça é cercado por grandes vias de acesso, como as avenidas Barão Homem de Melo, Silva Lobo, Tereza Cristina e Via Expressa. Além da excelente localização, essas grandes vias garantem extensa opção de linhas de ônibus.

Uma das referências mais importantes da região é o Câmpus I do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e a infraestrutura do bairro é completa. Grandes redes de supermercados, várias padarias, bancos, postos de gasolina, sacolões, açougues, drogarias, lojas de material de construção, escolas. Tudo isso facilita muito o dia a dia de seus moradores.

Há 30 anos no Nova Suíça, o empresário Clarckson Prado, proprietário do tradicional Bar Pé de Goiaba, não se imagina em outro bairro. Ex-bancário, ele viu uma oportunidade de negócio ao notar que havia uma demanda reprimida na vizinhança. “Não tinha nenhum barzinho bacana, só aqueles meio mercearia. Tentamos fazer uma inovação na época e estamos completando 20 anos”, conta. Ele recorda que a abertura do estabelecimento gerou até um certo problema com os vizinhos no início, pois o movimento e o barulho quebraram a pacata rotina do lugar.

 

Uma das referências da região é o Câmpus I do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) - Foto: JAIR AMARAL/EM/D.A PRESS

“Não tinha muita coisa para se fazer por aqui. A Barão (Avenida Barão Homem de Melo) era um córrego

. Existiam muitos terrenos vagos, campos de futebol. Fechávamos a rua para jogar bola”, lembra. Mas o crescimento da cidade veio e a localização central do bairro trouxe novas características ao local, que, pouco tempo atrás, era basicamente residencial. “A cara do bairro está mudando e acompanhamos de perto essa evolução. Antigamente, éramos dos poucos comércios aqui e tínhamos que ir ao Centro para resolver quase todos os problemas. Hoje, temos vários supermercados, farmácias, padarias, bancos, redes de lanchonete e bons colégios”, observa.

Mesmo a poucos metros de uma das avenidas mais movimentadas da cidade, Clarckson Prado destaca a tranquilidade e o clima bucólico de interior que ainda existe na região. “É até meio assustador. Moro a um quarteirão da Avenida Amazonas, mas parece que moro no interior. De noite, as ruas ficam até desertas. E ainda tem um pouco daquela vida que nos faz falta nas grandes capitais
. Aquela convivência, de se cumprimentar no meio da rua, vizinhos frequentarem as casas uns dos outros”, completa.

EXPANSÃO Para o sócio-proprietário da Sandro Pimenta Imóveis, Sandro Pimenta, o Nova Suíça é a nova fronteira da Região Oeste. Com vários empreendimentos lançados ou em construção no bairro, ele enxerga um potencial de expansão imobiliária e comercial muito grande no local. “É muito próximo ao Centro, tem boa topografia e ótima insolação. Como ainda existem muitas casas, acredito que, nos próximos 10 anos a região vai mudar bastante”, aponta.

 

Rua da vizinhança, como a Zurich, são arborizadas e tranquilas - Foto: JAIR AMARAL/EM/D.A PRESS

Com muitas residências unifamiliares e prédios, na grande maioria pequenos, com três andares e, no máximo, uma vaga, as novas construções da vizinhança seguem outro estilo. Os grandes condomínios, com vários apartamentos e área de lazer completa, são tendência dos empreendimentos mais recentes, e abrigam um público que quer morar bem, mas não tem como investir em imóveis nos inflacionados Prado e Gutierrez. “Pensando rapidamente, temos sete supermercados na região. Uma referência importante é o Cefet. Temos dois colégios muito bons, que são o Santa Maria e o Instituto Coração de Jesus. O acesso ao Centro, Contagem, Betim e a outras regiões da cidade é excelente. Para mim, é a fronteira nova de quem quer morar em um bairro com ótimo padrão. Acho que o Nova Suíça tem uma estrutura melhor que o Prado, por exemplo”, completa.


RAIO X

Localização
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Regional Oeste

Origem do bairro
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Os primeiros loteamentos foram aprovados na década de 1920, dando origem às vilas Nova Suíça, Adelina, Ambrosina, Atlântida e Marinhos. Com a ampliação da Avenida Amazonas, na década de 1940, a ocupação do bairro se acelerou.

Principais vias de acesso
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  Avenida Amazonas
»  Avenida Silva Lobo
»  Avenida Barão Homem de Melo
»  Avenida Tereza Cristina
»  Rua Desembargador Barcellos
»  Rua Genebra
»  Rua Zurick
»  Rua Campos Sales

Principais referências
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  Cefet-MG
»  Colégio Santa Maria
»  Instituto Coração de Jesus
»  Praça Oswaldo Zuccherate

Principais linhas de ônibus
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  8205 (Maria Goretti/Nova Granada – Via Alto Barroca)
»  8202 (Santa Cruz/UNI-Estoril)
»  8203 (Renascença/Buritis)
»  9201 (Baleia/Nova Granada)
»  9202 (Pompeia/Jardim América)
»  9204 (Santa Efigênia/Estoril)
»  2104 (Nova Gameleira/BH Shopping)
»  9414 (Santa Inês/João Pinheiro)
»  2151 (Vista Alegre/Serra)
»  5401 (São Luís/Dom Cabral)
»  2033 (Betânia/Centro)
»  4150 (Shopping Del Rey/BH Shopping)
»  3054 (Milionários/Centro)


SUÍÇA OU SUÍSSA
Uma das confusões mais comuns do nome do bairro vem da sua origem. Responsável pelo loteamento que originou o bairro, na década de 1920, o empresário Carlos Norder era proprietário, à época, de tradicional fábrica de balas, chamada Baleira Suíssa, comprada pela Aymoré em 1969. A grafia correta no português é com cedilha, tanto para o país quanto para o que vem de lá. A utilização dos dois esses vem do francês. Mas a dupla grafia do nome é um dos charmes e folclore do bairro.