Um deles é o Edifício VDA, no Sion, que acaba de ser entregue. O conceito de apartamento-casa aparece em grandes varandas, quintal e plantas com desníveis, trazendo a sensação de aconchego típica das casas. A disposição dos apartamentos, com alguns pequenos avanços laterais em diagonal, compõe um volume esculpido e irregular que propõe uma alternativa para a mesmice da arquitetura vertical residencial. “Fizemos um prédio esmerado, sob medida para quem não quer pagar taxa de condomínio alta e que valoriza o mais importante de um apartamento: planta compacta e flexível, varandas generosas, garagem de fácil manobra e arquitetura muito diferenciada”, afirma Carlos Teixeira, arquiteto e diretor do Vazio S/A, que assina o projeto.
O VDA guarda semelhanças com um projeto anterior do escritório, o Edifício Montevideu 285, no mesmo bairro, entre elas, a opção por não integrar área de lazer, a oferta de apartamentos diferentes uns dos outros e a implantação orgânica escalonada, o que possibilitou vários apartamentos com quintais e jardins. O pé-direito de algumas unidades é mais alto, um mecanismo para ganhar espaço. Segundo Carlos, a rápida comercialização do Montevideu e a valorização das unidades atípicas pelos moradores são um exemplo de como os apartamentos-casa têm bom mercado pela frente.
FLEXÍVEIS O custo é competitivo. Para Eduardo Moreira, da UmpraUm Arquitetos Associados, que assina o projeto do Edifício Canadá 70, esse tipo de imóvel é sempre valorizado, ainda mais num cenário imobiliário extremamente padronizado. “Boa arquitetura – com espaços iluminados e ventilados, ambientes flexíveis, materiais de acabamento de qualidade que saem do padrão e uma escala de edifício que não especule o terreno ao limite – não custa mais caro. Cada vez mais as pessoas estão vislumbrando possibilidades de moradia urbana que saia do padrão, muitas vezes, imposto pelo mercado”, explica