Para Geraldo Jardim Linhares Júnior, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), ter menos imóveis ofertados é sinal de um bom momento para comprar. “Lá na frente teremos menos ofertas porque poucas empresas vão lançar”, sugere. Como o mercado da construção civil é muito dependente da macroeconomia, as condições para adquirir dependem muito da confiança.
Dois fatores, no entanto, na opinião de Bicalho, podem alterar o futuro próximo na área imobiliária: o novo Plano Diretor de Belo Horizonte e a proposta da operação urbana das avenidas Antônio Carlos e Andradas Leste-Oeste. “Como os preços dos terrenos não diminuíram, o resultado será a oferta de apartamentos de valor abaixo de R$ 300 mil, com uma só vaga de garagem, unidades pequenas, de dois quartos, voltados para usuários do transporte coletivo. É um produto que não apresenta muita procura hoje e não será suficiente para manter o mercado em razoável nível de atividade”, pondera.
Para Rafael Menin, presidente da MRV Engenharia, o que mais comprometeu a construção civil em 2015 foi a falta de funding e também essa confiança do consumidor abalada com o aumento do desemprego e dos juros. “Acredito que o mercado, como um todo, não deve ter grandes mudanças. Deve ficar muito próximo do que foi o ano de 2015. A MRV espera o novo ano com dois aspectos positivos: o lançamento da fase 3 do programa habitacional do governo federal Minha casa, minha vida, que deverá ser uma injeção de adrenalina para os lançamentos e vendas da construtora, e a volta dos lançamentos nas capitais e nas cidades de grande porte do país.