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Especialistas apontam ce­ná­rio me­lho­r no se­gun­do se­mes­tre no mercado imobiliário

Cons­tru­ção apos­ta na re­to­ma­da da apro­va­ção de pro­je­tos de residenciais em 2016. Novo Plano Diretor de Belo Horizonte devem aquecer setor imobiliário

Carolina Cotta
Spazio EcoVitta, da MRV Engenharia: empresa espera a volta dos lançamentos este ano - Foto: MRV/Divulgação
O ano de 2016 não vai co­me­çar mui­to di­fe­ren­te de 2015, mas es­pe­ra-se um ce­ná­rio me­lhor a par­tir do se­gun­do semestre. Pa­ra Oti­mar Bi­ca­lho, pre­si­den­te da Câ­ma­ra do Mer­ca­do Imo­bi­li­á­rio e Sin­di­ca­to das Em­pre­sas do Mer­ca­do Imo­bi­li­á­rio de Mi­nas Ge­rais (CMI/Se­co­vi-MG), o es­to­que de apar­ta­men­tos ofer­ta­dos vai se re­du­zir e o pri­mei­ro im­pac­to se­rá um au­men­to nos va­lo­res dos usa­dos pa­ra, de­pois, uma re­to­ma­da na apro­va­ção de pro­je­tos de no­vas uni­da­des de pré­di­os residenciais. “Is­so in­di­ca que só em 2017 te­re­mos um acrés­ci­mo na ofer­ta de uni­da­des novas. Por sua vez, o au­men­to no va­lor dos apar­ta­men­tos usa­dos é um ve­tor de im­pul­so na ven­da de uni­da­des no­vas, fa­ci­li­tan­do a evo­lu­ção no pa­tri­mô­nio dos cli­en­tes”, acredita.

Pa­ra Ge­ral­do Jar­dim Li­nha­res Jú­ni­or, vi­ce-pre­si­den­te do Sin­di­ca­to da In­dús­tria da Cons­tru­ção Ci­vil no Es­ta­do de Mi­nas Ge­rais (Sin­dus­con-MG), ter me­nos imó­veis ofer­ta­dos é si­nal de um bom mo­men­to pa­ra comprar. “Lá na fren­te te­re­mos me­nos ofer­tas por­que pou­cas em­pre­sas vão lan­çar”, sugere. Co­mo o mer­ca­do da cons­tru­ção ci­vil é mui­to de­pen­den­te da ma­cro­e­co­no­mia, as con­di­çõ­es pa­ra ad­qui­rir de­pen­dem mui­to da confiança.

Dois fa­to­res, no en­tan­to, na opi­ni­ão de Bi­ca­lho, po­dem al­te­rar o fu­tu­ro pró­xi­mo na área imo­bi­li­á­ria: o no­vo Pla­no Di­re­tor de Be­lo Ho­ri­zon­te e a pro­pos­ta da ope­ra­ção ur­ba­na das ave­ni­das An­tô­nio Car­los e An­dra­das Les­te-Oeste. “Co­mo os pre­ços dos ter­re­nos não di­mi­nuí­ram, o re­sul­ta­do se­rá a ofer­ta de apar­ta­men­tos de va­lor abai­xo de R$ 300 mil, com uma só va­ga de ga­ra­gem, uni­da­des pe­que­nas, de dois quar­tos, vol­ta­dos pa­ra usu­á­ri­os do trans­por­te coletivo. É um pro­du­to que não apre­sen­ta mui­ta pro­cu­ra ho­je e não se­rá su­fi­ci­en­te pa­ra man­ter o mer­ca­do em ra­zo­á­vel ní­vel de ati­vi­da­de”, pondera.

Pa­ra Ra­fa­el Me­nin, pre­si­den­te da MRV En­ge­nha­ria, o que mais com­pro­me­teu a cons­tru­ção ci­vil em 2015 foi a fal­ta de fun­ding e tam­bém es­sa con­fi­an­ça do con­su­mi­dor aba­la­da com o au­men­to do de­sem­pre­go e dos juros. “Acre­di­to que o mer­ca­do, co­mo um to­do, não de­ve ter gran­des mudanças. De­ve fi­car mui­to pró­xi­mo do que foi o ano de 2015. A MRV es­pe­ra o no­vo ano com dois as­pec­tos po­si­ti­vos: o lan­ça­men­to da fa­se 3 do pro­gra­ma ha­bi­ta­ci­o­nal do go­ver­no fe­de­ral Mi­nha ca­sa, mi­nha vi­da, que de­ve­rá ser uma in­je­ção de adre­na­li­na pa­ra os lan­ça­men­tos e ven­das da cons­tru­to­ra, e a vol­ta dos lan­ça­men­tos nas ca­pi­tais e nas ci­da­des de gran­de por­te do país.