O arquiteto, urbanista e designer de interiores Cioli Stancioli, do escritório Cioli Stancioli Arquitetura e Design, é um profissional que não se prende a um estilo, por isso a versatilidade é o que caracteriza o seu trabalho. Para ele, a primeira coisa a pensar ao fazer um closet é o tamanho do espaço e as divisões e, em seguida, se preocupar com a localização da porta e janela, ou seja, ter um projeto que privilegie a funcionalidade, já que a perda de uma parede acaba dividindo muito o mobiliário e o ideal é quanto mais armários próximos, melhor.
Para Cioli, o importante é que o closet seja um lugar aconchegante, de escolha e com iluminação própria para não ter distorção de cor. Cioli revela ser um amante das cores e, por isso, investiria em um closet com armários coloridos ou com texturas diferentes. Mas ele reconhece que o mais comum e tradicional como primeira escolha é “a base na cor branca, para dar mais visibilidade para as roupas, ou então justamente o inverso, o preto porque terá a função de aproximar o colorido das peças”. Ele também gosta de tapetes e recomenda os modelos de pelo curto porque são “gostosos de pisar e mais macios”.
Um espelho, lembra Cioli, não pode faltar, além de ajudar na ampliação do ambiente. Um curinga para cômodos com medidas menores. Mas o arquiteto assegura que não é por falta de espaço que o sonho de um closet tenha de ser abortado. Na verdade, ele já criou todo tipo de projeto e, nos menores, “a dica básica é aproveitamento de todo o espaço, do chão ao teto. Acredito que cada um tem de viver da melhor forma que lhe agrade
E Cioli destaca que há tempos o closet não é apenas um sonho das mulheres. “Hoje, os homens também estão vaidosos e gostam de ter roupas, sapatos, bijuterias, joias e perfumes. Para acomodar tudo isso de forma organizada e prática é necessário um lugar especial. Assim, começa a surgir uma demanda maior pelos closets masculinos.” A única diferença é que o armário para os homens ainda é menor. “Somos comedidos para determinados produtos sem tê-los em excesso ou quantidades exageradas
TODO INTEGRADO Para o arquiteto Júnior Piacesi, do escritório Piacesi Arquitetos Associados, o bacana do closet é a oportunidade de integrar “cama, mesa e banho, ou seja a rouparia, com as roupas e acessórios”, ou seja, levar tudo para o armário para garantir ainda mais praticidade. Depois, ele destaca a importância de ter um ambiente “atento em termos técnicos com a ergonomia”. Ele chama a atenção para a necessidade de criar gavetas específicas para óculos, relógios, cintos, gravatas, bijus para ajudar na organização.
Quanto ao posicionamento dos sapatos, Júnior lembra que eles devem ficar nas gavetas da parte de baixo. “É melhor para enxergar, sem misturar com as roupas, até por uma questão de limpeza.” E o maleiro, ele avisa, fica na parte de cima e o legal é que sejam acondicionadas “nas prateleiras flutuantes, liberadas para malas, edredons, travesseiros, roupas de inverno, enfim, tudo que for de pouco uso”.
Júnior Piacesi diz que a decoração é bem particular. “Não recomendo fazer do closet um carnaval. O equilíbrio é mais interessante”.
DIVISÃO EQUILIBRADA
Dicas do arquiteto Júnior Piacesi:
1) Tenha um lugar específico para vestidos de festa
2) Não se esqueça da divisão para calceiro e cabideiro
3) Gavetas para roupas íntimas
4) Mais prateleiras caso queira integrar a rouparia
5) Penteadeira para maquiagem e perfumaria
6) Poltrona ou pufe
7) É importante que o ambiente seja reservado do quarto para não incomodar quem estiver dormindo
8) Iluminação própria, até dentro do armário e cabideiro (fitas de LED)
9) Se decidir ter portas, há modelos com telas para o armário respirar. Há modelos luxuosos de vidro italiano e telas que criam um respiro
10) Lembre-se que o closet tem de ficar bem resolvido, com distribuição funcional e à altura da organização.