Se, antes, esse tipo de alteração na planta das unidades era limitado ao mercado de altíssimo luxo, hoje, empreendimentos de segmentos mais econômicos oferecem a opção. São muitas as possibilidades, que vão desde a modificação do projeto proposto pelas construtoras à substituições de acabamentos, louças e metais de banheiro e cozinha. Porém, quanto mais avançada estiver a obra, mais restritas ficam as alterações. Por isso, quem deseja personalizar ao máximo o imóvel, deve procurar opções em fase de lançamento ou estágio inicial de construção.
Cada construtora trabalha com estratégias diferentes no que diz respeito às alterações das unidades. A Patrimar, por exemplo, já lança seus empreendimentos com diversas possibilidades de organização interna dos apartamentos. “Monitorando a necessidade dos clientes e as tendências de mercado, já oferecemos opções diferentes de plantas em cada empreendimento. Um exemplo é o Edifício Olga Chiari, no Gutierrez (bairro da Região Oeste de Belo Horizonte), em que disponibilizamos quatro possibilidades de modificações sem custo adicional para o cliente, como a eliminação de um quarto para ampliar a sala e integração da cozinha à sala. E posso falar que a maioria dos clientes opta por alguma dessas opções”, explica Juliana Lembi, arquiteta da Patrimar. Lançado em 2014, o Edifício Olga Chiari está em fase avançada da obra. Quem comprou uma unidade no lançamento e preferiu personalizar ainda mais a unidade, contou com a ajuda do departamento de modificação de clientes, serviço oferecido em todos os empreendimentos da construtora.
“Se nenhuma das opções de plantas que oferecemos estão de acordo com a necessidade do cliente, muitos dos produtos podem ser personalizados
PROJETO Todas as alterações são feitas junto à construtora, que oferece serviço de consultoria. Fica a cargo do cliente a contratação de arquiteto para o novo projeto. Depois, para facilitar tanto o andamento da obra quanto a vida do futuro morador, todo o trabalho é realizado em contato constante entre a equipe de arquitetos da incorporadora, o cliente e o profissional contratado para projetar as modificações.
Outra tradicional construtora do segmento de alto luxo de Belo Horizonte, a RKM Engenharia também aposta no conceito de plantas flexíveis para atrair os clientes. Um exemplo é o Kadosh, empreendimento no Vale do Sereno, e Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que já oferece algumas opções de desenho das unidades. Nos 163m² de cada apartamento são oferecidos projetos com plantas de quatro, três (com ou sem banheira) e dois quartos.
“Adaptamos as unidades de acordo com a necessidade de cada cliente. E quanto mais luxuoso, mais personalizados são os projetos. Temos até o exemplo do Edifício Karina Barakat, que, das 53 unidades, 32 ou 33 tinham desenhos diferentes. Além da personalização, trabalhamos com o conceito de casa saudável, onde todo o empreendimento é pensado para não afetar a saúde do morador. Mesmo com as alterações pedidas pelos clientes, seguimos com essa preocupação”, diz Daniel Assis, arquiteto da RKM Engenharia.