Uma dúvida surgiu recentemente na cabeça de muitas pessoas que lidam com o mercado imobiliário: “Será que os aplicativos e as tecnologias substituirão o especialista?”. Isso porque uma reportagem, feita por um veículo de economia, finanças e negócios, citava o lançamento de uma nova startup no mercado paulistano, a Hubbers Real Estate, o que gerou polêmica entre os profissionais atuantes no mercado imobiliário de todo o país.
De acordo com a matéria, a empresa, que promete ser a primeira imobiliária sem corretores, é inspirada nos modelos de inovação do Uber e do Airbnb. A proposta da startup é que o aplicativo substitua o corretor de imóveis em negociações imobiliárias, conectando, diretamente, vendedores e potenciais compradores. Porém, o novo empreendimento levantou discussões que envolvem, além da inovação, a legislação e o bem-estar do consumidor.
O especialista esclarece que, para a abertura de qualquer nova unidade imobiliária, a empresa precisa, primeiro, obter o registro junto ao Creci. “Diante disso, ela tem o dever de obedecer aos parâmetros estabelecidos pela Lei 6.530, para o funcionamento, inclusive no que diz respeito ao atendimento aos clientes, que, de acordo com o artigo 3º, só pode ser feito por profissionais corretores de imóveis. Longe de acabar a polêmica discussão sobre os novos aplicativos do mercado imobiliário, a maior franquia imobiliária do mundo, presente em Minas Gerais, RE/MAX, se posicionou e reforçou a importância da presença física de especialistas do mercado em negociações e transações imobiliárias.”
CONTATO
A popularização da internet mudou, sim, os hábitos de compra do consumidor, não só no mercado imobiliário, mas em todos os setores da economia. Porém, na metodologia adotada pela RE/MAX, essa revolução tecnológica é vista apenas como aliada, e não como o foco principal dos negócios
“Aplicativos e imobiliárias, como essas que estão repercutindo hoje no país, vão existir sempre. Mas nós, da RE/MAX, questionamos. Por mais que as tecnologias avancem, temos que saber usá-las como facilitadoras do trabalho e do contato com o cliente, e não como substituto dele. Acreditamos que nada conseguirá substituir o papel de um profissional corretor de imóveis”, ressalta Daiana.
“As tecnologias não são e nem devem ser uma preocupação hoje para o corretor atuante, e sim um desafio. Ele deve demonstrar ao cliente que é imprescindível nessa intermediação, estando sempre preparado e bem capacitado.”