Pampulha se destaca na venda de imóveis em BH

Ventos melhores estão soprando para os lados do comércio de imóveis em Belo Horizonte e região metropolitana. Para se ter uma ideia, foram vendidos 210 apartamentos na capital e Nova Lima em setembro, o que representa crescimento expressivo (165,8%) em relação ao mês anterior, quando foram comercializadas 79 unidades. A Região da Pampulha foi a que mais se destacou e teve vendas mais expressivas naquele mês, com 87 unidades. Já na Região Centro-Sul, foram comercializadas 85 unidades, de acordo com os dados do Censo Imobiliário realizado pela Bureau de Inteligência Corporativa (Brain) para o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).

De acordo com o estudo, foram comercializados, em setembro, 76 unidades classificadas como padrão alto, ou seja, com valores de R$ 700 mil a R$ 1 milhão e 61 unidades no padrão econômico (unidades com valores de até R$ 215 mil). Já no padrão médio, com valores entre R$ 400 mil e R$ 700 mil, foram vendidos 48 apartamentos nesse mesmo período. Assim, os lançamentos totalizaram 137 unidades residenciais, sendo que 121 delas estavam localizadas na Região Centro-Sul e 16 unidades na Oeste. Em setembro, as vendas foram superiores aos lançamentos, o que provocou uma nova redução no estoque de novas unidades disponíveis para comercialização. Em agosto, o estoque de novos apartamentos para venda em BH e Nova Lima era de 3.966 unidades, em setembro, foi de 3.893 unidades, redução de 1,8%.

Diante disso, em função do crescimento das vendas e da redução dos estoques, o preço médio dos apartamentos voltou a registrar alta: 1% em setembro. Enquanto em agosto o preço médio do metro quadrado privativo nas cidades de BH e Nova Lima era de R$ 7.865, em setembro cresceu para R$ 7.942. Considerando que, nesse mês, a inflação oficial do país, medida pelo IPCA/IBGE, foi de 0,16%, o preço médio dos imóveis residenciais nas cidades de BH e Nova Lima apresentou aumento real de 0,84%.

ACUMULADO DO ANO

De janeiro a setembro deste ano, foram comercializados 1.470 apartamentos nas duas cidades, enquanto que, nesse mesmo período, os lançamentos totalizaram apenas 560 unidades. Portanto, as vendas foram superiores aos lançamentos, o que vem permitindo uma redução do estoque de novas unidades disponíveis para comercialização. Em janeiro, o estoque de apartamentos novos disponíveis para venda correspondia a 4.471 unidades. Número reduzido para 3.893 unidades em setembro. Por outro lado, os preços dos apartamentos têm registrado aumento. De janeiro a setembro/2017, o preço médio do metro quadrado da área privativa nas duas apresentou incremento de 4,02%, enquanto que, no mesmo período, o IPCA/IBGE aumentou 1,78%.


José Francisco Couto de Araújo Cançado, vice-presidente da área imobiliária do Sinduscon-MG, acredita que as atividades do mercado imobiliário devem ganhar impulso nos próximos meses ao considerar o baixo volume de novas unidades residenciais para comercialização. “Tendo em vista a redução do estoque de novas unidades disponíveis para venda, os lançamentos podem voltar a ocorrer.” Entretanto, ele salienta que é importante manter a solidez do processo de recuperação da economia. “Existe a necessidade de o país seguir com sua agenda de reformas, o que contribuirá para o processo de ajuste estrutural das contas públicas e fortalecerá o crescimento nacional.”