Verão é época de sol, céu azul, cachoeira e praia. Mas a estação mais quente do ano não traz apenas diversão. O calor, aliado a maior umidade do ar e ao aumento da vegetação traz condições favoráveis para o aparecimento de hóspedes indesejáveis em casa: as pragas urbanas. Baratas, formigas, cupins, moscas, mosquitos e ratos, entre outros intrusos, que se aproveitam do clima mais quente para se reproduzir. Especialistas orientam que, para evitar que a proliferação de pragas ponha em risco a saúde da família, algumas medidas básicas são essenciais na hora da prevenção.
Segundo o biólogo José Junio Silva, responsável técnico da Insetan, empresa especializada em controle de pragas que atua no mercado de Belo Horizonte, dois fatores influenciam na maior incidência de insetos e roedores nesse período: temperatura alta e umidade. “A chuva expulsa a maioria desses insetos de suas tocas, fazendo-os procurar abrigo. Eles acabam perdendo ninhos e invadem as casas atrás de novo local para se reproduzir e se alimentar”, afirma.
O especialista ressalta que alguns cuidados são necessários para combater a multiplicação dessas espécies dentro de casa e minimizar o risco de infestação. “Deixar o lixo bem tampado, descartar objetos em desuso, vedar ralos, sempre deixar os alimentos bem protegidos e manter a organização e a limpeza do ambiente são algumas ações que podem prevenir invasão dessas pragas urbanas, independentemente da época”, assinala José Junio Silva.
CONTROLE
A higienização dos ambientes é fundamental para a prevenção de infestações de pragas urbanas. Porém, mesmo com a adoção de algumas medidas para evitar esses hóspedes indesejados, a invasão e a reprodução ainda são um risco. E quando a situação foge de controle nas residências, é hora de contratar uma empresa especializada na área.
No entanto, a atividade de controle de pragas, para ser segura, deve seguir uma série de procedimentos estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão ligado ao Ministério da Saúde. É preciso ficar atento, pois, além da ineficácia, a aplicação de produtos químicos em um imóvel sem os devidos cuidados traz o risco de intoxicação.
O presidente da Associação Mineira das Empresas Controladores de Pragas (Minasprag), Flávio de Souza Quadra, orienta que toda empresa especializada em controle de pragas é obrigada a ter alvará da vigilância sanitária, licença ambiental e um responsável técnico, que pode ser biólogo, químico, engenheiro agrônomo, farmacêutico, veterinário ou engenheiro sanitarista.
Ele afirma que, além de contratar o serviço de algum profissional, a população também precisa fazer sua parte com controle químico, organização e limpeza
* Estagiária sob a supervisão da subeditora Elizabeth Colares