Combater a burocracia e estabelecer ambiente de negócio sustentável para as empresas do setor compõem o rol das metas estabelecidas pela diretoria do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) empossada no início deste mês, para o mandato até 2021. Para o presidente, o engenheiro civil Geraldo Linhares Jardim Júnior, há que se otimizar alguns aspectos, como celeridade na obtenção das licenças legais no âmbito municipal e estadual, combate à informalidade e promoção de grande fórum para discussão de um Plano Diretor da RMBH.
“Além disso, pretendemos também combater a insegurança jurídica, estabelecer um estreito contato com os agentes financeiros para garantia de financiamento, aumentar o relacionamento com as concessionárias públicas, no intuito de melhoria do atendimento, estabelecer ambiente amistoso com os sindicatos laborais e aumentar a nossa representatividade nas entidades maiores, como Câmara Brasileira da Indústria da Construção (cbic) e Fiemg. Estaremos presentes nas discussões junto à sociedade e entidades parceiras pelas boas causas e seremos firmes contra as mazelas que possam ocorrer contra o nosso setor. Seremos fortes, porque estaremos sempre unidos”, conclui Geraldo.
Ele ressalta que a análise dos resultados do mercado imobiliário demonstra melhor dinamismo em relação às vendas e aos lançamentos. “Isto significa que o segmento iniciou um processo de recuperação, mas que ainda está acontecendo de forma muito tímida, em função do cenário de incertezas econômicas e políticas. Observa-se que as vendas continuam superando os lançamentos, o que demonstra que pode vir a faltar imóvel novo. De janeiro a julho, por exemplo, foram comercializados 1.626 apartamentos novos nas cidades de BH e Nova Lima. Nesse mesmo período, os lançamentos totalizaram 1.525 unidades. Com isso, o estoque de unidades novas disponíveis para comercialização ficou em 3.895 unidades, um dos menores patamares da série histórica.”
Geraldo explica que o ambiente de incertezas prejudica o avanço da recuperação do segmento imobiliário. “Outro fator muito preocupante se refere às alterações propostas para o Plano Diretor de BH. Caso aprovadas, elas inviabilizarão a construção imobiliária na capital mineira, tornando-a muito excludente, além de prejudicar a geração de emprego e renda no município
“A expressiva redução dos investimentos, o aumento do desemprego, a elevação da taxa de juros e da inflação, além das turbulências políticas geraram cenário macroeconômico instável e totalmente desgastado, prejudicando o desempenho da construção. Nesse período, quase 1 milhão de vagas com carteira assinada foram perdidas no setor. Em agosto/18, o número de trabalhadores formais na construção em todo o país alcançou 2,075 milhões. Esse número remete aos patamares de 2009. Para 2018, espera-se mais um ano de queda, o quinto consecutivo. Esse cenário precisa ser alterado com urgência, pois a construção civil, responsável por mais de 50% dos investimentos na economia, é o motor do desenvolvimento nacional e tem muito a contribuir para o crescimento do país”, ressalta o presidente.
RETOMADA Geraldo acredita que, independentemente do resultado da eleição presidencial, a construção civil será fundamental para a retomada de empregos e da economia. “A recuperação das atividades desta dependerá do desempenho da econômica nacional. É de conhecimento geral que o país precisa, urgentemente, promover as reformas estruturantes (em especial a da Previdência) para conseguir fortalecer a sua economia e criar um ambiente de negócios favoráveis, estimulando os investimentos tão necessários para solidificar as bases do seu desenvolvimento.”
“Não há como adiar, qualquer que seja o próximo governo