Tradicionalmente, o piso tem um papel importantíssimo na decoração. Seja nos mosaicos de pedra minuciosamente desenhados para o chão de casas e palacetes árabes, seja na tapeçaria que adorna salas e quartos, conferindo-lhes ar de nobreza. No Brasil, houve a febre dos azulejos, dos ladrilhos, da madeira e do carpete por toda a casa. O porcelanato, então, jamais perdeu a majestade.
Agora, quando o assunto é tapete, a designer nova-iorquina Lina Miranda - conhecida pelas peças exclusivas, feitas para artistas (como o ator Wagner Moura) e para grifes (Louis Vuitton, por exemplo) - acredita que os brasileiros estão, aos poucos, se abrindo para um leque de cores e estilos que passa longe do cinza, do bege e do cru, outrora badalados. Até mesmo porque, para a especialista, se o piso tem um certo ar de "estrela", nada mais justo que ganhe adornos.
Veja fotos dos tapetes de Lina Miranda
Confira a galeria dos tapetes da marca espanhola Nani Marquina
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O que a motivou a desenhar tapetes?
Sou arquiteta, mas sempre gostei de desenhar e pintar. Nunca pensei que ia desenhar tapetes. Tanto que trabalhei primeiro com desenho de tecidos. Foi uma escolha feita durante o processo de aprendizado. Aos poucos, me apaixonei com todo o processo envolvido na produção de tapetes, o lugar onde são feitos, os artesãos...
Como se dá o desenvolvimento das estampas?
Normalmente, a estampa é desenvolvida com o estilo do ambiente - clássico, art déco, moderno. Às vezes, o cliente não quer que o tapete se destaque, enquanto outro quer que o tapete seja o elemento que amarra toda a decoração
Como você avalia o grande interesse das pessoas por peças exclusivas?
Tapetes sempre tiveram uma importância nas casas, desde épocas antigas. Os grandes palácios tinham tapetes enormes que vestiam as salas. Meus avós adoravam os tapetes persas. Eram uma herança familiar. Acho que, agora, simplesmente mudou o estilo. As pessoas querem coisas menos trabalhadas, mais atuais, desenhos clássicos revisitados. Se mais ninguém tiver um igual, melhor ainda!