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Anaximandro - 27 de Janeiro às 21:22
É rico,quer chamar atenção;se fosse pobre,era pivete vagabundo.
Condomínios

Os adolescentes, os jovens e os adultos que moram em condomínios

O vandalismo seguro praticado dentro dos portões pelos adolescentes que querem externar suas frustrações são preocupantes

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postado em 17/01/2012 14:07 / atualizado em 25/04/2013 15:52 Lucélia Cardoso /Especial para o Lugar Certo
Reprodução/Internet

Vou contar uma estória... (o nome é fictício ) ( os fatos reais )

Nossa abordagem é a responsabilidade de todos os moradores de um condomínio pela vida e a segurança interna de todas as crianças, adolescentes e jovens visando também a qualidade de vida de todos.

"João desce para relacionar-se na área de lazer do seu condomínio. Ele tem 12 anos. Seus pais trabalham período integral, mas sentem-se em paz ao deixá-la nas dependências do prédio enquanto estão fora. Trata-se de um condomínio com 190 apartamentos. Quais os riscos ele corre, quais os riscos que os demais correm?"

O esperado é que ele vai relacionar-se com outros adolescentes e juntos tomar sol, praticar esportes, nadar, jogar conversa fora, espairecer, aprender, estudar, socializar de forma positiva, agregar valores, apresentar aos demais a educação que tem através do comportamento.

Tem algo errado acontecendo com a ordem natural das coisas? Porque a vida de algumas crianças, adolescentes e jovens dentro dos condomínios tem sido diferente? O vandalismo seguro praticado dentro dos portões pelos adolescentes que querem externar suas frustrações são preocupantes.

A intenção ao usar as áreas comuns do condomínio, por alguns deles, é destruir, incomodar, ser notado, e provavelmente, o comportamento deve se repetir em outros ambientes. Nas escolas , nas festinhas, nas ruas, etc.

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De todas as classes sociais, nossos jovens estão agindo nos condomínios não de forma criminosa ou irresponsável, mas segundo a orientação muitas vezes confusa, fruto da necessidade da aventura ou mesmo de uma hiperatividade, um protesto, uma timidez que precisa ser tratada e que acaba num envolvimento perigoso e subserviente para ser aceito ou demonstrar força para os demais .

Os condomínios ficam estarrecidos quando uma garota de 12 anos aparece alcoolizada, ou um garoto perambula as 3 horas da manhã no escuro das áreas comuns fazendo o que, não se sabe, diante da constatação de uma festinha com convite pago nas áreas de lazer, com mergulhos na piscina de roupa e tudo, ou beijo jovial, a transa na sala de massagem, os extintores de incêndio esguichando e tornando a garagem um campo nevado, as drogas, a escada de incêndio, um ótimo esconderijo. Seria a falta de limite dos pais, seria a falta de controle do condomínio, ou porque os funcionários não estão atentos? A administração é ruim?

As armas para resolver seriam multas, restrições de uso de espaços ou chegar a conclusão que a falta de educação dos jovens está na falta de limites não impostos pelos pais - se existirem - ou a família ( se estiver unida) ? Porque dá certo com uns e não dá com outros?

Como consultora condominial, eu lido com estas realidades desde 1995, como mãe de um filho de 25 anos e uma filha de 16 anos, como condômina, como filha de dois pais maravilhosos, como amiga de muitos, tenho que dizer aos condomínios: vamos acreditar firmemente na idéia de que escolher morar num condomínio, definitivamente não nos isenta da responsabilidade de dar atenção as nossas crianças, adolescentes e jovens. Eles deveriam ocupar os primeiros assentos nas assembléias, ao lado de seus pais, avós, tios, etc. Eles precisam amar a causa que os demais amam de viver em paz, de conhecer o sentido de lar, da responsabilidade de dividir coisas e espaços comuns, eles precisam ser ouvidos, eles tem que
ser estimulados a buscar sentido nesta vida, o que vai refletir no comportamento em todos os lugares.

A família faz sua parte, a escola faz sua parte, a rua faz sua parte, o condomínio faz sua parte, a vida faz sua parte e o jovem faz sua escolha.

Não existe caso perdido, existe uma atmosfera de "cada um por si", o que dentro de um condomínio não dá certo porque é para lá que todos vão, é num condomínio que estão os lares suspensos.

Estimulo cada condomínio a receber e amar cada causa, cada dificuldade, cada caso perdido e experimentar a delícia de conhecer o espírito de responsabilidade pelo amor.

As regras? O regimento interno? As placas normativas? Ah!! São absolutamente necessários, mas, melhor ainda se estiverem impressos no coração de cada um e não somente num monte de folhas famigeradas.

Não acredito em regras impostas, mas num espírito voluntário. Ninguém faz nada obrigado, mas se sair do coração vira poema!

Condomínio tem que amadurecer para ser doce! Para nos dar um doce lar!

* Lucélia de Andrade Cardoso é consultora de condomínios da Sindclass Gerenciamento de Condomínios

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