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Construção civil se recupera a todo vapor, com resultados surpreendentes a partir do terceiro semestre e prometendo grande volume de trabalho para 2010

Humberto Siqueira
Para o vice-presidente do Sinduscon, José Francisco Cançado, quando a economia vai bem o setor cresce - Foto: Gladyston Rodrigues/AO CUBO FILMES
Crise superada, recuperação das vendas e construção em padrões até superiores aos de 2008 fizeram deste um excelente ano para o setorE o cenário para 2010 promete grande volume de obras, com empreendedores já tendo iniciado lançamentos e comercialização, tanto para imóveis residenciais quanto para comerciaisObras estruturais visando a Copa do Mundo e outras dentro de programas governamentais também impulsionarão o segmento

Segundo o vice-presidente da área imobiliária do Sindicado da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), José Francisco Couto de Araújo Cançado, a recuperação já se mostrou no terceiro trimestre deste ano"Quando a economia vai bem, a construção civil cresce e retroalimenta a economia", afirma

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Obras ajudam país a crescer

Antes da crise econômica mundial eram realizadas cerca de 2,8 mil transações imobiliárias por mês na capital mineiraEm fevereiro deste ano, a insegurança do mercado provocou uma queda para 1,7 mil transaçõesEm julho, a PBH registrou 2.850 transações, variação de 67% em comparação com fevereiro
- Foto: Eduardo Silveira/Divulgação
A demanda maior se dá por apartamentos de três quartos, seguida pelos de dois e quatro"Temos uma dificuldade grande de aprovar projetos em BHCom a regulamentação da nova Lei de Uso e Ocupação do Solo, reduzindo o coeficiente de aproveitamento de um terreno entre 30% e 40%, certamente as construtoras terão mais dificuldade na adequação dos projetos
Além de gerar um incremento no preço dos imóveis, que pode chegar a 20%"

Na opinião de Hélio Dourado, CEO da Construtora Premo e presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos de Cimento do Estado de Minas Gerais (Siprocimg), este até foi um ano interessante"Os efeitos na economia demoraram para alcançar a construção civilVários projetos já estavam engatilhados e continuaram em obras", justifica"Um sinalizador importantíssimo na retomada do setor é a constatação de crescimento nas vendas de cimento e aço"Outro termômetro que comprova isso é a arrecadação da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) com o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), cobrado no ato da compra ou venda de casas, apartamentos, salas, lojas e galpões, que chegou a R$ 64,3 milhões no primeiro semestre

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