Os ecotelhados ou tetos verdes, assim como as paredes verdes, começam a se espalhar pelo mundo como soluções que utilizam jardins e gramados em substituição às tradicionais coberturas de telhas, laje, folhas de aço, dentre outras, que geralmente cobrem as edificaçõesAinda que em experiências esparsas, os impactos conceituais já saltam aos olhos
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Na Europa, por exemplo, alguns países como Alemanha e Suíça adotaram leis para garantir que ao menos uma parte dos telhados das novas edificações sejam plantadosOutros exemplos também aparecem no Japão, no México, na Bolívia, em Cuba, nos EUA, e começam a chegar no Brasil, para citar apenas alguns locaisIsto porque, em cidades muito adensadas, os tetos verdes acabam por cumprir a função que antes tinham as superfícies hoje pavimentadas, absorvendo parte das águas das chuvas (um teto verde absorve aproximadamente 70% da água captada, liberando-a aos poucos), evitando enchentes pela saturação das galerias de águas, melhorando a qualidade do ar, reduzindo os níveis de CO2 e de poeira do ar, liberando vapores de água e contribuindo para a redução dos efeitos de ilhas de calor.
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O isolamento térmico propiciado pelas camadas vegetais permite um ambiente interno mais agradável e diminui a reflexão e absorção de calor nas coberturas, baixando assim a temperatura emanada do espaçoAs coberturas verdes funcionam bem tanto em clima quentes como em climas frios, pois a camada vegetal, além de absorver a radiação, atua como uma manta térmica
Outras vantagens dos tetos verdes são o isolamento acústico, a resistência ao fogo e sua longevidade: eles dificilmente necessitam de manutenção e reparosCoberturas desse tipo também criam lindos efeitos estéticos e podem contribuir para integrar as edificações com a paisagem em áreas menos exploradas.
Para se fazer um teto verde há algumas especificidades técnicas que devem ser observadas: a estrutura do telhado (deve se levar em conta o peso do conjunto saturado pela água), a inclinação, a membrana de impermeabilização e anti-raíz, o sistema de drenagem, a espessura e o tipo de substrato, assim como as espécies a serem plantadas.
A escolha das espécies em jardins deste tipo deve ser criteriosa: além da preocupação básica em utilizar plantas que tenham raízes não agressivas, as condições de vida são extremamente específicas no que diz respeito à profundidade de solo, umidade, exposição ao sol, ventos, etc