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De olho na renda extra

Possibilidade de valorização de até 35% torna o imóvel na planta um bom negócio para parcela da população que pode investir para ter ganhos futuros

Júnia Leticia

O empresário Mário Saviotti viu na alternativa uma boa oportunidade para aumentar seu patrimônio - Foto: Eduardo Almeida/RA Studio

Nos últimos anos, o mercado imobiliário brasileiro vem notando que uma parcela da classe C está investindo em uma forma de negócio que, até pouco tempo atrás, não era acessível para esse público. Depois de adquirir a casa própria, pessoas dessa classe social estão em busca dos imóveis na planta como complementação da renda.

Para o sócio-diretor da Mobyra Incorporações, Rodrigo Nunes, um dos motivos que impulsionam esse crescimento é a condição da economia, a estabilidade financeira do país e as promoções na venda. “Isso ocorre devido ao aquecimento da economia brasileira, que permite a manutenção e o aumento da renda das famílias, além da disponibilidade de linhas de crédito imobiliário”, observa.

Segundo Nunes, de acordo com históricos dos índices de valor geral de vendas (VGV) – um dos indicadores mais importantes do mercado imobiliário –, foi percebido aumento significativo das negociações depois da abertura do programa Minha casa, minha vida, “por meio do qual o público vem fazendo a aquisição. Muitas vezes, eles não vão residir no imóvel depois de pronto, disponibilizando-o para aluguel ou venda, ou repassando-o para algum familiar morar.”

Vice-presidente da Rede Imvista, Fabiano Taylor diz que a facilidade para pagamento é um dos grandes incentivos ao investimento nos imóveis na planta. “Geralmente, com pequenos sinais e baixas parcelas até a entrega das chaves. O levantamento é das redes e de pesquisas de mercado.”

Com um mercado potencial de quase 100 milhões de pessoas, como informa o diretor da Give Imóveis, Leandro Palmeira, foi descoberto um novo público. “As construtoras perceberam que, por meio de um crédito facilitado e adequação do valor do imóvel à realidade da classe C, existe um nicho importantíssimo a ser explorado.”

O retorno expressivo atrai quem quer e pode investir em busca de mais segurança financeira. “Com uma probabilidade de valorização média do investimento superior a 30%, a classe C, em busca de maior rentabilidade atrelada à segurança do investimento, está transformando a modalidade em uma de suas principais fontes de investimento”, diz Leandro Palmeira.

FACILIDADES Uma das pessoas que viram uma boa oportunidade na compra de um imóvel na planta foi o empresário da Byte Software, Mário Saviotti. Ano passado, ele resolveu investir em um apartamento no Bairro Fernão Dias, na Região Nordeste de Belo Horizonte. Entre os motivos que o levaram a tomar a decisão estão o custo mais baixo, comparado com os prontos para morar, e a facilidade de financiamento.

Especialista no ramo de software, Mário não se arrepende do investimento, que já teve uma rentabilidade de mais de 13% sobre o valor da venda, avaliado na época em R$ 230 mil

. E o empresário já sabe o que fará com o imóvel quando ele estiver pronto: “Vou esperar a conclusão das obras, em meados de 2013, para comercializá-lo. A previsão é de que, quando isso ocorrer, o imóvel, que tem 72m2, seja avaliado em R$ 350 mil”, estima. E ele não pretende parar por aí: se o cenário permanecer favorável, a meta é prosseguir apostando em imóveis como outra fonte de renda. “Dependendo da valorização desse imóvel, pretendo investir em outros”, revela.

 

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