Reinventar a natureza

Flor permanente deixa de ser brega, muda de status e tem espaço garantido em todo tipo de decoração

Prática, bonita, durável e com cópia quase perfeita, vale investir

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postado em 30/09/2013 07:00 / atualizado em 30/09/2013 07:44 Lilian Monteiro /Estado de Minas
Eduardo de Almeida/RA Studio

Sinta-se autorizado a decorar sua casa, escritório, loja e até uma festa, aniversário ou casamento com flores permanentes. É, elas não são mais chamadas de artificiais ou de plástico. Ícone kitsch de uma época, hoje há uma diferença absurda daquelas usadas nas casas das avós, nos estabelecimentos do interior, ornando imagens religiosas… Com cópias perfeitas, muitas delas são diferenciadas das naturais somente pelo toque, tamanha semelhança.


O engenheiro civil e decorador Cássio Gontijo, do escritório Cássio Gontijo Arquitetura, é prático e lembra que, cada dia mais, falta tempo às pessoas. Por isso, a escolha da flor permanente é uma realidade. “Outro obstáculo para as naturais é que os apartamentos não têm luminosidade suficiente. Fiz um projeto para uma cobertura, mas dentro não aceitava flor natural. Sem falar que o clima de Belo Horizonte mudou demais e também não é propício. Quem insiste na natural, a dica são as suculentas e orquídeas, mais fáceis de manter, e claro, dão todo o charme. Bem mais complicado com as folhagens, por exemplo.”
Carlos Altman/EM/D.A Press

Cássio conta que, além da correria do dia a dia, há outras dificuldades com as naturais. “Tem espaço comercial que não usa plantas naturais porque os clientes se incomodam com o cheiro, não gostam. No quarto, na área íntima, não dá para colocar flor natural. Tenho uma cliente apaixonada por flor, mas ela é alérgica. Então, como é impossível viver sem um verdinho, a permanente é a solução. As suculentas, orquídeas, fórmios e musgos são boas escolhas. O principal é entender o contexto para não errar.”
Carlos Altman/EM/D.A Press

Nada de exagero. O decorador enfatiza que o uso precisa ser sutil. “E é bobagem quem tenta esconder, colocar num lugar onde as pessoas não possam perceber que a flor é permanente. Usei num escritório bem chique um bonsai artificial e até hoje o cliente me liga dizendo que muitos não percebem, acham que é real. É preciso pegar para saber que não é de verdade.”

Carlos Altman/EM/D.A Press
O artista plástico e designer de objetos Aluízio Figueiredo, dono da Aluízio Casa – Decoração e Arte, loja-conceito no Bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte, assegura que o preconceito é coisa do passado, “ainda que a flor natural seja incontestável”. Para ele, há tantas opções de qualidade que, às vezes, não dá para diferenciar. “Já tem até flor permanente para usar em vaso com água. Sem falar da durabilidade, do preço. A natural é cara e as pessoas compram cada vez mais as cópias porque elas são bonitas, preocupam-se com a harmonia e têm estética perfeita. Basta escolher aquelas que são carro-chefe e superiores.”

Aluízo Figueiredo lembra que as flores permanentes são usadas até em arranjos de festas, misturadas às naturais. “É a saída para que não fique feio. Ambiente fechado e luz que esquenta vai murchar as naturais, que perdem a beleza. Com a permanente é possível reinventar a natureza. Tenho rosas colombianas e orquídeas inacreditáveis de tão idênticas.” Ele também assegura que as permanentes podem compor qualquer ambiente e arranjo, seja vaso de porcelana, cristal, vidro ou cerâmica. “É preciso garimpar.”

PREÇO

Hob & Nob/Divulgacao
Karla Guatimosim, supervisora e responsável pelos arranjos dos clientes e da loja Hob & Nob, no Ponteio Lar Shopping, reforça que as flores permanentes de qualidade superior são feitas de tecido, silicone e emborrachado. As tradicionais de plástico estão aquém, fora do mercado do bom gosto. “Tem de olhar a textura, a pintura e o acabamento, responsáveis por deixá-las mais parecidas com as originais.”

Para os modelos de tecido, Karla explica que são criadas flor do campo, magnólia, saffron, amariles e chuva de ouro. As de silicone aparecem mais nas orquídeas, que ficam bem reais, copo de leite e lírio. Já entre as emborrachadas, que pedem flores mais estruturadas, reinam as suculentas. “A flor permanente é sinônimo de comodidade sem abrir mão da beleza. Mas é importante ter um olhar. Há gosto para tudo, mas cuidado com a mistura. Um arranjo com orquídea branca e vermelha não é adequado.” Ela explica que as permanentes também exigem cuidados especiais. “São delicadas, por isso é importante ter atenção ao lavar só com sabão neutro. Elas não podem ficar expostas ao sol, água e claridade porque desbotam.”

Para a maioria, a flor natural é mais cara. No entanto, as permanentes também têm preço salgado. Mas vale apostar na relação custo-benefício. Karla revela que há arranjos de todos os preços e quanto mais flores, mais caro fica. “Mas é possível ter um arranjo bonito sem gastar tanto.” A média é de R$ 500 e pode chegar a R$ 2 mil. Um arranjo de suculenta, por exemplo, menor, pode ser encontrado por R$ 300.
Hob & Nob/Divulgacao

Fique de olho

» Invista em produtos com texturas e cores harmoniosas
» Uma boa dica é misturar num arranjo flores permanentes e naturais
» Não espalhe arranjo por toda a casa. O ideal  é definir poucos ambientes
» Siga a regra: vaso simples pede flores sofisticadas, o vaso mais suntuoso requer as mais discretas
» As flores brancas combinam com qualquer decoração e não cansam. Assim como as folhagens
» Atenção: sempre limpas, as flores permanentes não evidenciam o pó e o aspecto artificial

Tags: mudança

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sebastião - 30 de Setembro às 08:34
Tem coisa masis brega do que parada gay?

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