Especialistas ensinam como conservar estofados domésticos e mostram que cuidado para ter móvel sempre bonito passa pela escolha criteriosa dos tecidos que vão ser utilizados
Pense nas vantagens e nas desvantagens dos revestimentos mais fáceis de encontrar no mercado antes de fazer sua escolha
Investimento que pode custar um bocado de reais, o estofado é primordial para ter conforto e receber bem os amigos em casa. Mas, para que ele continue a atender essas funções, conservando a beleza, é preciso alguns cuidados. Afinal, seja pelo mau uso ou mesmo pela degradação natural que ocorre como passar do tempo, depois de um período o móvel não é mais como quando foi comprado. Mesmo que ele não fique novinho em folha para sempre, há como conservá-lo por mais tempo. Para isso, bastam alguns cuidados, que passam pelo uso adequado de produtos de limpeza a cada tipo de material com o qual eles foram fabricados e escolher corretamente o local onde ficarão.
Para a designer de interiores Tenile Guimarães, o ambiente no qual ficará o estofado é o ponto principal a ser considerado. Mas há outros fatores que, analisados na hora da compra, contribuem para que ele dure por mais tempo. "Deve-se analisar qual será a frequência de uso, quem serão seus usuários e a quais condições de umidade e incidência solar ele será exposto", explica.
Em ambientes nos quais seu uso não será frequente, pode-se investir até mesmo em materiais mais delicados, como seda e camurça. "Pois sua limpeza e manutenção serão realizadas com menor frequência que em um estofado do seu home theater, por exemplo, em que o uso mais frequente exige um revestimento de limpeza prática", indica Tenile Guimarães.
A designer Carolina França recomenda tecido resistente
A designer de interiores Carolina França Vilela também destaca os cuidados que devem ser tomados na hora de escolher os tecidos para cada ambiente. "Em uma sala de TV, cuja permanência costuma ser frequente e prolongada, os tecidos feitos em máquina de jacquard, como o tweed, que mescla cores e fios, são sempre lembrados", exemplifica.
O chenile, disponível em diversas tramas e desenhos, e a camurça também são apontados por ela como boas opções. "Já para salas de estar, em que há preocupação com o visual, tecidos sofisticados, como a seda rústica, o jacquard de seda, o linho e o veludo, são as sugestões", recomenda.
A arquiteta Thaysa Godoy diz que conforto é essencial
A arquiteta Thaysa Godoy confirma o uso do chenile para ambientes como salas de TV. "Como a permanência costuma ser frequente e prolongada, consequentemente o tecido, a estrutura e a espuma sofrem mais com o uso", justifica. Para amenizar esse problema, ela diz que as sugestões são tecidos que ofereçam maior conforto, garantam boa temperatura corporal, não amassem e sejam resistentes. Linho, algodão, camurça e sarja são outras alternativas, de acordo com a arquiteta. "Tecidos em microfibra também são uma ótima opção. Além de duráveis, são fáceis de limpar e dificilmente mancham", explica Thaysa.
TRADICIONAL O couro, sempre atual, também é uma boa pedida, de acordo com a arquiteta. "Dura mais e tem como uma de suas principais vantagens a maciez ao toque e o fato de manter sua temperatura, não esquentando muito no verão ou esfriando no inverno." Mas para quem tem o orçamento reduzido, o couro sintético e o ecológico são alternativas mais econômicas. "Porém, por se tratar de um material sintético, o ácido úrico presente no suor pode estragar esse tipo de material rapidamente", alerta. Já a seda, o chantung, o linho e o veludo devem ser privilegiados no living, onde a preocupação com o visual geralmente é maior.
Comentários
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Ronaldo
- 11 de Outubro às 13:48
Concordo que a especialista no ramo deu dicas quanto ao material mais indicado para cada ambiente... mas, não ví qualquer dica quanto a conservação de estofados conforme aborda o título da matéria...