A escuridão representa muitas vezes o incerto e o desconhecido, para alguns, o assustador. Com objetivo de impactar na percepção das pessoas pelo espaço urbano, Bill FitzGibbons levou cor e luz para uma passagem subterrânea no Alabama, Estados Unidos. O artista plástico é formado em Escultura e História da Arte pela Universidade de Tennessee e criou um projeto que, além de envolver a segurança dos pedestres, chama atenção ao que anteriormente era comum e pouco atrativo.
Os pedestres preferem transitar por uma rua iluminada, ainda que deserta, a optar por uma rua escura. O atrativo das cores e iluminação pode se tornar um convite aos pedestres brasileiros e evitar acidentes em travessia perigosas nas pistas. A iluminação aliada ao policiamento constante, também pode evitar assaltos, vandalismo e depredação. Exemplo disso foi o projeto instalado na passagem subterrânea da 18th Street do centro de Birmingham, no Alabama. O projeto recebeu o nome de
Light Rails e é uma prova de como a arte pode interferir na forma como as pessoas encaram os espaços urbanos, que muitas vezes passam despercebidos no dia a dia.
A proposta, se aplicada as muitas passagens e canais subterrâneos presentes na maioria das grandes cidades do Brasil, pode impactar de forma positiva na utilização destas vias. Em vista da falta de conservação e insegurança na maioria destes locais, muitos pedestres evitam transitar por eles e às vezes optam por atravessar em outras pistas, de alta velocidade.
O projeto do artista americano além de funcional, mudaria a percepção dos pedestres sobre este meio urbano. A iluminação proporcionaria segurança e as cores dariam cara nova às passagens, que são vistas com medo e repulsa em muitos casos.
Além da questão artística e da técnica usada para desenvolver o projeto, que dá vida e cor às paisagens urbanas da cidade, FitzGibbons afirma que pretende demonstrar como é possível tornar os lugares mais atrativos e visíveis. "Quando você faz isso, o centros urbanos se tornam um lugar vibrante, emocionante, onde as pessoas querem viver e participar", disse.