CONSTRUÇÃO

Construtoras correm contra o tempo

Para evitar as condições da nova Lei de Uso e Ocupação do Solo, empresas apressam aprovações de projetos arquitetônicos. Expectativa é de aquecimento no mercado de imóveis antigos

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postado em 01/12/2015 13:00 Carolina Cotta /Estado de Minas

Empresas do setor buscam aprovar o máximo de projetos antes da vigência da nova Lei de Uso e Ocupação do Solo em Belo Horizonte - Auremar de Castro/EM/D.A Press-2/11/07 Empresas do setor buscam aprovar o máximo de projetos antes da vigência da nova Lei de Uso e Ocupação do Solo em Belo Horizonte
 

A Lei de Uso e Ocupação do Solo, em tramitação na Câmara Municipal de Belo Horizonte, vai trazer profundas mudanças para o mercado imobiliário. A possibilidade de o PL 1.749 sair do papel provocou uma corrida pela aprovação de projetos arquitetônicos na Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Construtores querem garantir os alvarás antes que as novas regras passem a valer, já que elas deixarão os imóveis mais caros. Para Otimar Bicalho, presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), a lei vai aquecer o mercado de imóveis usados, mas antes disso vai impulsionar a construção de novas unidades, mesmo que essas gerem um estoque.

De janeiro a agosto deste ano, 6.473 projetos arquitetônicos de apartamentos foram aprovados pela PBH. O número é 6,32% maior que a quantidade aprovada no mesmo período de 2014, quando 6.088 unidades receberam autorização. “Esperávamos uma variação até maior. Com a contabilização dos meses de outubro, novembro e dezembro esse número deve subir. Não é, infelizmente, um momento de euforia para o mercado querer investir mais, mas é um momento de muita apreensão por parte dos proprietários de terrenos em função da lei, que vai reduzir sensivelmente o potencial de construção de cada terreno”, explica Otimar.

Os dados fazem parte de análise realizada pela CMI/Secovi-MG com base em informações fornecidas pela prefeitura. De janeiro a agosto deste ano, o levantamento mostrou grandes oscilações que resultam em média de 810 projetos de apartamentos aprovados por mês. Somente em agosto deste ano foram aprovados projetos de 849 apartamentos em 63 prédios residenciais. “Pelo menos nos próximos dois anos teremos uma produção maior de unidades. Essas podem até não ser absorvidas pelo mercado, mas é uma questão de oportunidade. Ou faço o prédio agora ou daqui a pouco só consigo fazer metade do mesmo prédio”, lamenta. Hoje, o coeficiente de aproveitamento de um terreno em BH é de 1,5. Com a nova lei cairá para 1.

Segundo Otimar, na prática, o potencial construtivo será de 0,7, porque na legislação vigente não são consideradas as áreas de circulação horizontal, como o hall, e as verticais, caso de elevadores e escadas. “Essas áreas não são contadas, assim como as áreas de garagem, o que mudará na nova lei. Por isso essa corrida para conseguir o coeficiente que ainda vigora”, diz. Obtido o alvará, o prazo para conclusão da obra é de quatro anos.

Tags: construção civil mercado imobiliário belo horizonte leu de uso e ocupação do solo

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