A Lei de Uso e Ocupação do Solo, em tramitação na Câmara Municipal de Belo Horizonte, vai trazer profundas mudanças para o mercado imobiliário. A possibilidade de o PL 1.749 sair do papel provocou uma corrida pela aprovação de projetos arquitetônicos na Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Construtores querem garantir os alvarás antes que as novas regras passem a valer, já que elas deixarão os imóveis mais caros. Para Otimar Bicalho, presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), a lei vai aquecer o mercado de imóveis usados, mas antes disso vai impulsionar a construção de novas unidades, mesmo que essas gerem um estoque.
De janeiro a agosto deste ano, 6.473 projetos arquitetônicos de apartamentos foram aprovados pela PBH. O número é 6,32% maior que a quantidade aprovada no mesmo período de 2014, quando 6.088 unidades receberam autorização. “Esperávamos uma variação até maior. Com a contabilização dos meses de outubro, novembro e dezembro esse número deve subir. Não é, infelizmente, um momento de euforia para o mercado querer investir mais, mas é um momento de muita apreensão por parte dos proprietários de terrenos em função da lei, que vai reduzir sensivelmente o potencial de construção de cada terreno”, explica Otimar.
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