Investimento funcional

Mercado oferece boa gama de produtos ecologicamente corretos para a decoração, mas é preciso saber onde e como usá-los para que provoque os efeitos desejados

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postado em 25/01/2009 12:08
Porta revestida com pastilhas de casca de coco - Fotos: Gladyston Rodrigues/AOCUBO FILMES Porta revestida com pastilhas de casca de coco
O Brasil já oferece uma boa gama de produtos considerados ecologicamente corretos para a aplicação em projetos de arquitetura e decoração, embora ainda sejam tímidos no país, na comparação com a Europa e os Estados Unidos, a produção e o consumo de materiais desse tipo, o que eleva os preços. Mesmo assim, afirma o arquiteto Junior Piacesi, os produtos sustentáveis em oferta no mercado brasileiro têm custo compatível com os similares convencionais de alta qualidade.

"Usar um produto sustentável não implica necessariamente elevação de custos de um projeto. Além disso, optar por uma decoração sustentável é uma contribuição para a preservação do planeta, que pode levar ainda a uma economia com gastos de operação e manutenção do ambiente. Uma iluminação eficiente, com leds complementando a luz natural, por exemplo, permite uma racionalidade no gasto de energia e a redução de custos no médio prazo, já que esse tipo de lâmpada, mais cara, consome menos energia e tem uma vida útil muito maior que as lâmpadas convencionais", defende.

Outro exemplo em que um investimento inicial mais alto representa uma economia significativa no futuro é a substituição da madeira pelo ecoblock um material feito de refugos de produtos industrializados, como pneus e fraldas descartáveis, mas com aparência similar ao produto natural. "Usar o ecoblock para fazer um deck de piscina é uma escolha inteligente. O produto, além de ser ecologicamente correto, é mais resistente e requer menos manutenção do que a madeira, que precisa ser tratada, no mínimo, anualmente, para manter a integridade da estrutura", compara.
Armário feito com retalhos de espelhos - Armário feito com retalhos de espelhos

Junior destaca que os produtos sustentáveis disponíveis hoje no mercado brasileiro possibilitam a criação de projetos de decoração em vários estilos. "Antes só era possível criar ambientes mais rústicos, com uma identidade artesanal. Agora, a indústria já oferece produtos e materiais que favorecem o desenvolvimento de projetos sofisticados, como é o caso das placas cimentícias da Solarium, que substituem com perfeição os pisos de pedras naturais e as cerâmicas", garante o arquiteto ao informar que o produto tem processo de produção de baixo impacto ambiental, porque dispensa o uso de fornos para a secagem.

Mas, para que o investimento feito em um projeto de decoração sustentável produza os efeitos desejados, considera o arquiteto Sérgio Viana, a consulta a um especialista é fundamental. "É importante saber o que usar, onde usar e como usar", observa. Em linha de raciocínio semelhante, a designer Valéria Alves lembra que na compra de madeira reflorestada, por exemplo, é preciso se informar sobre a procedência do produto. "O ideal é exigir do vendedor a certificação do produto. Um selo que garante que a madeira vem mesmo de mata de reflorestamento e não de uma extração ilegal", ensina.

Já Sérgio Viana adverte que produtos feitos a partir de fibras naturais não devem ser usados em áreas externas, porque não apresentam boa resistência à ação do sol e das chuvas. O arquiteto assinala ainda que é necessário conhecer a forma correta de aplicação de cada produto, para que o trabalho tenha bons resultados e mantenha o caráter sustentável do projeto. "De nada adianta comprar um item ecologicamente correto, com certificado de origem e produzido com mínimo impacto ambiental, e instalá-lo com uma cola tóxica. A sustentabilidade deve estar presente em todas as etapas do trabalho projeto, materiais e execução", sustenta.
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