Mobiliário e adornos

Uma decoração sustentável não pode prescindir de mobiliário fabricado com o mesmo conceito e uso mínimo de madeira natural. Segundo Valéria Alves, estão em alta os móveis de MDF, os produzidos com madeira de reflorestamento, eucalipto e teca, e aqueles feitos a partir de madeira de demolição.

Ela recomenda que o mobiliário feito com MDF seja revestido com materiais que sigam o conceito de sustentabilidade, como as pastilhas de casca de coco, ou com sobras de madeira, que podem ser conseguidas em uma marcenaria, para compor placas irregulares, decoradas com palhas e outras fibras naturais.

Os tecidos, que aliam fibras naturais a componentes sintéticos, desde que na produção não causem grande impacto ao meio ambiente, também são uma opção adequada a esse tipo de decoração. Podem ser aplicados no revestimento de móveis, como o sofá, de almofadas ou para a confecção de cortinas.

"Hoje já temos tecidos sintéticos de alta resistência que estão menos sujeitos à deterioração pelo contato com a umidade, não desbotam e têm uma aparência bem bacana", observa o arquiteto Marcos Nobre. O produto, entretanto, não tem uma padronagem muito diversificada, se limitando às cores branca, bege e cinza, e tem um custo três vezes superior ao dos tecidos convencionais.

Na hora de escolher os adornos, sugere Marcos Nobre, o melhor é dar prioridade à cultura brasileira, especialmente a mineira, e optar por objetos produzidos por grupos de artesãos que se multiplicam no país. "Temos uma quantidade enorme de artesãos que trabalham com essa proposta de reaproveitamento de materiais e de sustentabilidade e todas as lojas de decoração já dispõem desse tipo de produto", afirma.