Parede com estilo próprio

Desenvolvimento da indústria de papéis de parede trouxe produtos mais resistentes e duráveis, uma opção criativa para quem quer dar novo ar à casa

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postado em 13/03/2009 15:52
Nova texturas para uso em quartos e até banheiros garantem toque especial aos cômodos - Sidney Lopes/EM/D.A Press Nova texturas para uso em quartos e até banheiros garantem toque especial aos cômodos
Nas décadas de 70 e 80, papel de parede era moda. Estampados, lisos, coloridos ou discretos, eles davam o tom na decoração em hotéis e clubes noturnos. Relegado ao esquecimento durante muito tempo, agora ele volta com força total e conquista espaço na casa de quem opta por maneiras criativas e práticas de acabamento, como um dos revestimentos mais utilizados na concepção de ambientes. O desenvolvimento da indústria permitiu avanços tecnológicos que agora trazem o produto na versão vinílica melhorada, mais durável, resistente (inclusive à ação da água), e com várias opções em cores, estampas e texturas. A oportunidade de ter um projeto de decoração exclusivo é outro grande atrativo.

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"Hoje, os papéis de parede são melhores do que os de antigamente. Antes, eram papel mesmo. Agora, a linha de papéis sintéticos evoluiu muito, com o aumento das opções vinílicas, e há possibilidades emborrachadas que facilitam a limpeza (um pano molhado resolve), manutenção, e aumentam a durabilidade. Antes, os papéis vinílicos amarelavam, manchavam, sujavam rápido", explica a arquiteta Adriane Andrade.

Em relação às padronagens, o mercado oferece uma enorme gama de opções, desde as mais clássicas, a exemplo das estampas florais, até as modernas listras, formas geométricas e diferentes texturas, continua a arquiteta. Há ainda possibilidades imitando fibras naturais, tecidos (chenile, seda, linho, renda), couro, madeira, palha (sintéticas e naturais como bambu, cana-da-índia, sisal), metal e até pedra, quando não são feitos a partir da própria matéria-prima, como é o caso da palha. "Há também produtos imitando texturas que antes se faziam com tintas, a partir de diferentes tonalidades da mesma cor".

Em conjunto com a arquiteta Maria Inês Bahia, Adriane apresentou, na última edição da Casa Cor em Belo Horizonte, a composição de um quarto de casal. O objetivo de ser um ambiente acolhedor foi conseguido também a partir do efeito do papel de parede que revestiu todo o quarto. "Era um papel vinílico, texturizado, em tons fendi, uma espécie de bege esverdeado. As pessoas perguntavam como conseguimos aquela textura, já que ficou muito real. Não havia nem as emendas da cola". Para Maria Inês, o papel de parede se transformou em um facilitador da decoração. "Com aplicação muito prática, você transforma o espaço em pouco tempo. Temos feitos muitos projetos para quartos, de casal, moças e rapazes, lavabos, e é sempre um sucesso".
Denise Paranhos e Jomar Bragança/Divulgação

A designer de interiores Maria Elisa Melo destaca a variedade de efeitos. "Você pode ter um ambiente mais aconchegante com papéis naturais que trazem o rústico, ou espaços sofisticados, com produtos nas cores prata, dourado, por exemplo. Se quer valorizar uma parte específica da casa, pode aplicá-lo em apenas uma parede. Enquanto a tinta varia apenas em cores, o papel de parede proporciona ambientes personalizados e provoca novas sensações com o espaço".

Maria Elisa ressalta ainda a praticidade na hora da instalação, que pode ser feita, em alguns casos, até em uma hora, oferecendo um toque rápido e especial àqueles que querem mudar um pouco a cara do imóvel. "Mas é preciso observar a umidade do ambiente. O ideal é que não sejam colocados em locais onde haja contato com a água. Quando bem colados, e dependendo do cuidado, podem durar até 10 anos", compara com a tinta, que demanda retoques mais constantes.

CUSTO

Os papéis de parede parecem apenas perder em preço para a pintura, mas quase sempre vale a relação custo/benefício, já que o valor mais alto é compensado com o baixo custo de manutenção. Geralmente, o papel de parede é vendido em rolos de 10 metros por 0,5 metro de largura e preço entre R$ 40 e R$ 300 o rolo. Já o papel de parede vinílico é importado de países como a Bélgica, Itália, França, Inglaterra e Estados Unidos. Mais impermeável e resistente se comparado ao modelo nacional, os vinílicos têm qualidade superior, que reflete em um preço mínimo de cerca de R$ 200, o rolo.

No Brasil, a introdução do papel de parede se deu com a imigração européia. Até cerca de 1930, os produtos aqui eram importados, o que limitava o consumo, principalmente com o posterior aumento dos custos de importação. Só a partir da década de 60 a fabricação de papel de parede evoluiu, com o emprego de tecnologia gráfica mais moderna, que aumentou a produtividade através dos sistemas de impressão por flexografia, retrogravura e screan rotativo, ampliando as perspectivas de difusão e consumo do produto.
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