Efeito estético

Cada imóvel requer um projeto especial, mas a mistura de lâmpadas confere beleza e eficiência à iluminação

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postado em 05/10/2009 16:01 Denise Menezes /Estado de Minas
Arquiteto Junior Piacesi lembra que as lâmpadas cumprem funções diversas e é preciso combiná-las para que o resultado final seja adequado à finalidade do espaço - Fotos: Gladyston Rodrigues/Ao Cubo filmes Arquiteto Junior Piacesi lembra que as lâmpadas cumprem funções diversas e é preciso combiná-las para que o resultado final seja adequado à finalidade do espaço
A iluminação é um elemento importante para se determinar a qualidade de um imóvel, e um bom projeto luminotécnico é aquele que alcança, na combinação de lâmpadas diferentes, boa reprodução de cores, efeito estético que valoriza o espaço e, principalmente, o conforto visual, diz o arquiteto Junior Piacesi. Ele lembra que lâmpadas diferentes cumprem funções diversas e é preciso, no projeto de iluminação de um ambiente, combiná-las para que o resultado final seja adequado à finalidade do espaço.

O estilo das peças – luminárias, abajures, pendentes, paflons etc. – também deve ser adequado à arquitetura e decoração dos ambientes e, em especial, no projeto de iluminação de uma residência, ao estilo de vida dos moradores. "É preciso ainda estar atento, na escolha das lâmpadas, ao custo, consumo de energia e ao calor e intensidade da luz que cada tipo produz", observa. O arquiteto informa que hoje são aplicados em projetos de iluminação residencial cinco tipos principais de lâmpadas – as fluorescentes, as fluorescentes compactas, as halógenas, as incandescentes comuns, mais convencionais, e os leds. "É importante conhecer as características de cada tipo de lâmpada, para especificá-las no projeto no local certo e com o máximo de eficiência", acrescenta a designer de interiores Valéria Alves.

Lâmpadas fluorescentes, compactas ou não, afirma Junior, são econômicas, demandando um consumo de energia até 80% menor que o das lâmpadas convencionais. "No entanto, são mais recomendadas para ambientes de longa permanência do usuário", adverte Valéria.

Ela sugere o uso de lâmpadas fluorescentes compactas em áreas de circulação, como corredores, desde que não sejam acopladas a sensores de presença ou temporizadores, situação comum em áreas sociais de edifícios. "O motivo é o mesmo. O acende-apaga vai comprometer a eficiência da lâmpada, que queimará rapidamente", ressalta, ao assinalar que as lâmpadas fluorescentes compactas de cor amarela produzem um efeito visual mais confortável, mas, em áreas de passagem e de circulação, as brancas podem ser usadas sem causarem problemas.

SOFISTICAÇÃO

A arquiteta Sônia Maria Santos Mendes, especialista em light design, assinala que, em cozinhas gourmet, uma boa ideia é misturar as fluorescentes com as halógenas, um tipo de lâmpada incandescente, com efeito visual mais sofisticado. "Podemos fazer detalhes, como rasgos, no forro de gesso onde estão as lâmpadas frias, com ótimo efeito estético, ou usar peças lindas que trabalham com as fluorescentes, e misturar com lâmpadas quentes, criando várias cenários para o ambiente."

No apartamento projetado pela designer Valéria Alves, a iluminação compõem o ambiente - No apartamento projetado pela designer Valéria Alves, a iluminação compõem o ambiente


Nas salas, a sugestão da arquiteta é uma boa mistura de lâmpadas, que proporcionem iluminação difusa, com efeito chapado em todo o ambiente, e uma iluminação mais pontual, para valorizar um elemento decorativo do espaço, como obra de arte ou peça de design. "Gosto de dar opção de uma iluminação difusa, que pode ser feita por meio de luz central, em um lustre, ou com lâmpadas fluorescentes distribuídas em um forro de gesso, e iluminação mais pontual, com lâmpadas halógenas que possibilitam mais contrastes entre luz e sombras, criando um efeito cênico", explica.

A arquiteta Renata Basques lembra que para a iluminação da sala de jantar os pendentes estão de volta sobre a mesa. "Tenho usado muito a lâmpada halógena AR 48, parente da dicroica, nos pendentes. Ela produz um efeito cênico lindo no ambiente", diz.

Já a designer Valéria diz preferir nas salas as lâmpadas incandescentes, para a iluminação geral do ambiente, associadas com as halógenas AR, Par e Dicroicas ou mesmo ao led, que têm a função de destacar um elemento decorativo do espaço. Ela alerta, porém, que o led nunca deve ser usado para a iluminação central do ambiente. “O led é uma lâmpada de baixíssimo consumo, de vida útil enorme, mas ainda tem uma limitação técnica quanto à intensidade da luz que não é compatível com a das lâmpadas incandescentes, portanto, não deve ser usado para a iluminação central", frisa.

USO RESIDENCIAL

Embora admita que as lâmpadas de led encontradas no mercado tenham mesmo uma limitação em relação à intensidade de luz emitida, na comparação com as lâmpadas tradicionais, e que seu custo ainda seja elevado, sobretudo para o uso residencial, Sônia pondera que já existem fabricantes envolvidos em pesquisas para o aprimoramento do produto.

No quarto, sagrado templo do descanso, o cuidado com a iluminação deve ser redobrado. Sônia considera ideal é que o usuário tenha opções de graduação da luz, situação que pode ser alcançada com diversos recursos. "No quarto, o usuário deve ter opções de muita e pouca luz. O importante é que se tenha a possibilidade de uma luz difusa que ilumine o quarto todo, de uma menos intensa, que proporcione o relaxamento, de outra mais pontual e de uma luzinha de cortesia, embutida na parede, para quem precisar se levantar da cama e sair do quarto no meio da noite", afirma. Nos quartos de bebê ou de crianças, um bom recurso é usar o dimmer, que permite regular a intensidade da luz.

Valéria recomenda para os quartos o uso de lâmpadas fluorescentes compactas amarelas para a iluminação central. "No quarto temos que considerar ainda a necessidade de luzes localizadas, sobre uma bancada ou um criado, e para isso as lâmpadas incandescentes são as mais indicadas", diz.

Já nos banheiros, a sugestão éusar lâmpadas incandescentes para a iluminação central, que não sobrecarrega o consumo, e de uma lâmpada halógena Par, que não distorce as cores, próxima ao espelho, para favorecer a mulher na hora de fazer a maquiagem.
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