Montar ambientes aconchegantes com fontes e pequenos lagos é possível até mesmo em casas e apartamentos pequenos. Economia vem com baixos custos de instalação e limpeza
O paisagista e ambientalista Caio Zoza alerta para o nível de ruídos em caso de cascatas ou corredeiras artificiais
Para quem quer ter uma fonte e dispõe de pouco espaço, a opção é comprá-la pronta em casas especializadas. Elas são comercializadas em diversos tamanhos, formatos e materiais. "Nos casos dos laguinhos, o custo dependerá do tamanho do espelho d'água que se deseja e também do local a ser implantado. As lonas especiais - também chamadas linners - tornam o projeto mais rápido e de fácil construção", explica o paisagista e ambientalista Caio Zoza.
A professora de paisagismo do Inap Lúcia Borges sugere bacias cerâmicas, barril de madeira, cascatas de bambu e em pedra-sabão como alternativas, geralmente, baratas e fáceis de serem feitas e instaladas. "São mais indicadas para ambientes pequenos, como jardins internos, terraços e varandas".
Caso o imóvel seja uma moradia temporária, a solução é investir em fontes artificiais com a água renovável. Além de mais baratas, são práticas, como fala a arquiteta Carolina Lage. "São pequenas e podem ser colocadas em quase todos os lugares", diz. A partir de R$ 180 é possível adquirir uma dessas.
Para quem quer algo mais elaborado, Caio Zoza diz que o projeto paisagístico, com todas as especificações técnicas, fica em, aproximadamente, R$ 800, podendo variar conforme sua complexidade. "Para o laguinho, o investimento médio gira em torno de R$ 1 mil por metro quadrado de espelho d'água. Mas também tem de se avaliar a complexidade de execução".
Para jardins, há empresas que vendem kits com lona, bicos, mangueiras, bombas e iluminação e a montagem é bem fácil, como explica Lúcia. "Basta cavar na terra a forma desejada do espelho d'água, forrar - com as devidas medidas e profundidades - com lona especializada, posicionar a bomba, o bico da fonte e a iluminação. Depois, é só distribuir pedras no fundo e encher de água".
A professora cita, ainda, as caseiras, feitas em bacias. Segundo ela, a alternativa é de fácil execução, bastando uma bacia cerâmica impermeabilizada, bombinha de oxigenação de aquário e pedras para montar a fonte. "As de bambu também são muito simples, projetadas com o próprio material - de espessuras diferentes -, bomba de aquário e mangueiras. Tenho uma amiga que trabalha assim e está criando fontes lindas".
MANUTENÇÃO
Antes de investir, é preciso ter ciência de que são necessárias algumas medidas de segurança para ter fontes e lagos artificiais. "Se não houver uma higienização mensal, eles podem acumular resíduos micro-orgânicos que causam mau cheiro à água, levando a consequências graves, como odor no ambiente ao redor do lago e a morte de alguns peixes", alerta Carolina Lage.
A arquiteta reforça a necessidade de tomar cuidado com a água e ter o acompanhamento de um profissional. "Para manter o equilíbrio no lago sem ter de fazer manutenção, o ideal é criar um ecossistema com o uso das plantas certas, indicadas por especialistas. Além disso, deve-se cuidar do pH da água com produtos específicos".
De acordo com Caio Zoza, os laguinhos devem ter uma circulação de água que possa ser filtrada periodicamente. "Uma bomba elétrica, em conjunto com filtros biológicos e de UV (ultravioleta), mantém a água límpida, livre de algas e amônia em excesso, que causa mau cheiro", ensina o paisagista.
Obedecendo-se a esses cuidados, a manutenção de um espelho d’água artificial é simples, como fala Caio Zoza. "Deve-se verificar constantemente se o pH está em torno de 6, que é o ideal. Também é importante não se pôr peixes demais e remover o excesso de espécies devido à reprodução".
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação