Uso de plantas na fachada confere mais segurança e beleza ao imóvel

É difícil ficar indiferente à beleza do verde. Na entrada da residência, além de atrair olhares de admiração, contribui para a segurança da residência

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postado em 02/12/2012 09:40 / atualizado em 02/12/2012 11:36 Júnia Leticia /Estado de Minas
Paisagismo deve considerar a arquitetura do imóvel, luminosidade e propósito que 
os moradores querem. Ajuda profissional é indispensável para evitar gasto desnecessário - Eduardo Almeida/RA Studio Paisagismo deve considerar a arquitetura do imóvel, luminosidade e propósito que os moradores querem. Ajuda profissional é indispensável para evitar gasto desnecessário

Além de adornar os ambientes, as plantas deixam a atmosfera mais agradável em casa ou no trabalho. Em espaços externos, têm o poder de atrair a admiração de visitantes e podem, ainda, ajudar na proteção do imóvel. Por isso, investir em um jardim na entrada de uma casa ou de um edifício pode ser uma ótima alternativa para quem quer unir o útil ao agradável.

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A paisagista Erly Hooper diz que a função principal dessa área é complementar a arquitetura, valorizando-a ainda mais. E ela confirma que o recurso pode, sim, ajudar na segurança da casa. “Ao fazer um paisagismo que ‘salta aos olhos’ das pessoas, a residência fica fora do foco principal, camuflada, o que não deixa de trazer certa segurança à morada. Fora isso, existem plantas que têm espinhos, como a buganvília, que servem de proteção”, explica.

Os efeitos das plantas são tão diversos quanto suas espécies. No caso de jardins de entrada, em seus projetos, a paisagista e gestora ambiental Rozalia Magna Iris tira partido da receptividade que deve haver em uma casa ao receber convidados. “A ideia deve ser de acolhimento, aconchego. Sempre que recebo o desafio de criar esse espaço, imagino canteiros com plantas com formas abertas, arredondadas, dando boas-vindas aos que chegam ou passam por ali. Mas ele também poderá produzir um efeito de ‘cuidado, você pode se ferir’, se a ideia for de segurança.”

A professora de jardinagem Lúcia Borges diz que projetos podem ajudar a valorizar ou disfarçar a arquitetura do imóvel - Eduardo Almeida/RA Studio A professora de jardinagem Lúcia Borges diz que projetos podem ajudar a valorizar ou disfarçar a arquitetura do imóvel


Para a professora de teoria da jardinagem do Inap Lúcia Borges, o jardim é a moldura de um imóvel. “Quando estão na entrada de uma casa ou prédio, eles são responsáveis por convidar as pessoas a entrar. Para isso, devem se harmonizar com toda a construção, valorizando e embelezando a fachada, e não devem atrapalhar os caminhos e acessos”, considera.

As soluções propostas pelo paisagismo para produzir esses efeitos são variadas e dependem de cada objetivo que se quer alcançar, segundo Lúcia Borges. “Há jardins em que devemos valorizar a arquitetura, enquanto que em outros temos que disfarçá-la. Para a entrada, normalmente, a composição paisagística deve ser leve e mais baixa, e não impedir a passagem e a visão de quem entra e sai da casa.”

Erly Hooper diz que as alternativas para a criação do jardim de entrada vão depender da arquitetura do imóvel. “É isso o que influencia o desenvolvimento de um projeto paisagístico. A arquitetura da casa dita o desenvolvimento do jardim. Se isso não for levado em consideração, pode acabar com um projeto arquitetônico.”

Uso de alguns tipos de plantas com matéria-prima natural ajuda a valorizar jardins, mesmo em áreas pontuais do projeto - Eduardo Almeida/RA Studio Uso de alguns tipos de plantas com matéria-prima natural ajuda a valorizar jardins, mesmo em áreas pontuais do projeto


PESSOAL
A participação de quem solicita o serviço é determinante também para encontrar as soluções mais adequadas a cada necessidade. Afinal, a paisagista conta que são as características de cada pessoa que farão com que o projeto seja único e personalizado. “Mas, de maneira geral, para um paisagismo destinado à fachada, a proposta mais clean, que esteja em harmonia com o todo, é sempre bem-vinda”, diz Erly.

A necessidade de análise antes da criação do projeto também é ressaltada por Rozalia Iris. “Por exemplo: às vezes, além da ideia de aconchego, o jardim precisa delimitar o espaço, servindo de barreira para entrada da casa. Outras vezes, precisa passar a ideia de segurança. Assim, o tipo de planta utilizado também vai depender da escolha do cliente e do ambiente que vai recebê-las.”

Mas, de maneira geral, Rozalia conta que a sugestão são plantas com formas e texturas diferenciadas, que atraem mais a atenção das pessoas. “Os critérios de escolha estarão relacionados com as necessidades de proteção, harmonia, beleza e também com o tipo de ambiente existente no local. Aliás, esse é o fator decisivo na escolha das espécies”, reforça.

Eduardo Almeida/RA Studio


UMA QUESTÃO DE AFINIDADE
Paisagismo deve considerar a arquitetura do imóvel, luminosidade e propósito que
os moradores querem. Ajuda profissional é indispensável para evitar gasto desnecessário


Assim como objetos de decoração, as plantas também são valorizadas, podendo ter preços bem elevados. Daí vem a necessidade de, ao escolhê-las, prestar atenção a esse detalhe. Para a escolha das espécies, os critérios são os mesmos de qualquer jardim. Deve-se observar o local, a luz ambiente, o tamanho, a profundidade do canteiro e as dimensões do espaço destinado ao verde. “Como a entrada marca a impressão do lugar, gosto de colocar plantas esculturais bem posicionadas, criando uma composição harmoniosa com a arquitetura da fachada”, indica a professora de teoria da jardinagem do Inap, Lúcia Borges.

As plantas verticais, como palmeiras, dracenas e pandanus, são as mais indicadas para esse tipo de projeto, porque dão mais imponência ao local. Para escolhê-las, a paisagista Erly Hooper reforça a ideia de levar em conta a arquitetura do local e o gosto de quem recorre ao serviço. “Se for uma arquitetura sofisticada e se o cliente gostar, espécies raras e nobres são sempre as mais indicadas. Agora, se for uma de traços mais simples, espécies mais tradicionais são as mais indicadas.” Quanto às vantagens e desvantagens de cada uma delas, vai depender do local destinado ao jardim. “Não se deve colocar plantas muito cheias em canteiros estreitos e muito altas, que atrapalhem a visão. Mas cada caso é único e deve ser avaliado de acordo com as necessidades e características do local”, explica Erly.

A paisagista Erly Hooper diz que a escolha da espécie  vai depender das características do local e da necessidade do cleinte - Eduardo Almeida/RA Studio A paisagista Erly Hooper diz que a escolha da espécie vai depender das características do local e da necessidade do cleinte


Praticidade, resistência e facilidade de cultivo são os fatores principais a serem considerados na hora de escolher as espécies que farão parte do jardim, segundo a paisagista e gestora ambiental Rozalia Magna Iris. “Após saber qual é a necessidade do cliente para aquele local, o segundo critério para a escolha é analisar corretamente o ambiente existente: se é sol forte, sombra ou meia sombra.”

Lúcia Borges explica que caminhos e acessos à casa ou ao prédio devem ser levados em consideração. “Após a definição dos canteiros, devem-se observar os pontos de maior visão para criar a composição. Assim, não pode deixar de considerar a segurança. Por isso, deve-se evitar plantas muito altas e cheias, que facilitem que animais ou mesmo maus elementos de se escondam.”

Observados esses critérios, não é preciso gastar grandes quantias para a criação de um jardim de entrada. Tudo pode ser feito de acordo com o orçamento do solicitante, segundo Erly Hooper. “Até um vaso pode enfeitar uma fachada. Além disso, alguns elementos, como obras de arte, água e iluminação, têm grande poder de enriquecer ainda mais os projetos paisagísticos”, completa.

Jardineiras e paredes verdes delimitam espaço sem perder a sensação de conforto e privacidade - Eduardo Almeida/RA Studio Jardineiras e paredes verdes delimitam espaço sem perder a sensação de conforto e privacidade


CUSTO Rozalia Iris afirma que há projetos para todos os bolsos e espaços. “Dos pequenos aos mais extensos, tudo é criado e trabalhado de acordo com a área existente. Mesmo quando falta espaço no chão, temos opções de criar belos jardins verticais em paredes e muros”, comenta. Essa composição permite ainda a utilização de outros elementos, como a iluminação, para valorizá-los.

No caso de haver espaço para canteiros, Lúcia Borges diz que eles devem ter no mínimo de 30cm a 40cm de largura. Para quem vai aproveitar a área para também inserir elementos decorativos, a professora conta que se pode investir desde em esculturas a fontes decorativas. “Porém, deve-se tomar cuidado com os elementos e adornos. É preferível ter uma peça decorativa bem escolhida e posicionada do que vários elementos poluindo a composição. A tendência atual dos jardins contemporâneos são espaços mais limpos, e não carregados.”

Rozalia Iris acrescenta o uso de pedriscos, pisos especiais para caminhar entre os canteiros, bancos para apreciar as flores e pergolados como exemplos de recursos que podem ser utilizados na composição dos jardins de entrada. “Temos uma infinidade de elementos que podem ser integrados e vão valorizar o projeto paisagístico.”

Para conjugar tantos recursos, é preciso bom senso. Afinal, todos esses elementos precisam estar em harmonia com o estilo paisagístico escolhido para o local, segundo Rozalia. “E o espaço, por sua vez, precisa estar alinhado ao projeto arquitetônico. Ambos têm de ter a mesma linguagem, pois um complementa o outro.”

ESPAÇO VERDE SEMPRE BONITO
Independentemente dos recursos, para que o investimento no jardim de entrada valha a pena é preciso ter cuidado com a manutenção, que é a complementação do projeto paisagístico. “É por meio dela que garantimos um jardim saudável e bonito durante todo ano. Recomenda-se a manutenção mensal, ou pelo menos a cada três meses, privilegiando a adubação, que é essencial para alimentação das plantas”, explica Rozalia.

Além desse cuidado, para que a elaboração de um projeto dê certo é preciso saber exatamente as condições de clima, temperatura e tipo de solo onde ele será implantado. “Todo jardim deve ser criado respeitando o ambiente existente, e não a nossa vontade ou vaidade. Na sua implantação, deve-se escolher bem as espécies, plantas saudáveis, bem formadas e já enviveiradas por pelo menos três meses”, diz a paisagista.

É necessário, ainda, fazer uma boa adubação no plantio e irrigar o solo, se o jardim for criado em períodos de seca. Esse projeto deve ser implantado de acordo com as necessidades das espécies escolhidas. “Afinal, canteiros cheios de folhas secas, velhas e doentes e jardins abandonados pelos donos ficam ruins.”

ORIENTAÇÃO Para que esses outros cuidados sejam seguidos à risca, a ajuda de um profissional pode fazer toda a diferença. “Ele pode orientar com segurança todo processo, desde a criação à implantação do jardim, mostrando o que funciona ou não, selecionando as espécies adequadas para o ambiente, encontrando formas criativas para solucionar as demandas de cada local”, afirma Rozalia.

De acordo com Lúcia Borges, o paisagista tem o olhar diferenciado que auxilia muito na composição dos jardins. “Principalmente nos de entrada, que são espaços preciosos em casas e edifícios. Seja em forma de consultoria ou projeto, esse profissional, além de definir as espécies mais indicadas, ajuda no posicionamento e na supervisão na hora de implantar.” Lúcia explica que o paisagista é a pessoa mais indicada para compor e elaborar os jardins porque tem noções de solos, adubos e misturas para plantio. “Também conhece as plantas e todo seu desenvolvimento, e organiza a composição com harmonia e criatividade”, acrescenta.

"Todo jardim deve ser criado respeitando o ambiente existente e não a nossa vontade ou vaidade", Rozalia Magna Iris, paisagista e gestora ambiental



Três perguntas para... Carlos Pedrosa Braga, diretor da Situa Netimóveis Unidade Centro-Sul 

Qual tipo de empreendimento está sendo construído na Zona Sul? Mesmo com a falta de terrenos, como viabilizá-los?
Na verdade, são vários: residenciais, comerciais e serviços. Para lidar com a falta de espaços vagos, as construtoras têm adquirido áreas onde havia algum tipo de construção, como prédios e casas antigas.

Quais são as perspectivas do mercado imobiliário para essa área da cidade?
Permanecerá valorizada, pois, além de oferecer todos os benefícios citados, devido à Copa de 2014, continuará a haver investimentos intensos, especialmente em rede hoteleira.
 
Entre os bairros da Região Centro-Sul, quais estão recebendo o maior número de empreendimentos? E desses, quais têm o metro quadrado mais caro?
Notadamente, os próximos ao bairro Belvedere e boa parte da Savassi, devido à infraestrutura em hotelaria, são os que mais recebem investimentos. Quanto ao preço, os mais elevados têm sido registrados em Lourdes, Santo Agostinho e Belvedere. Os dois primeiros se destacam pela falta de terrenos. Em relação ao Belvedere, a valorização se deve ao alto padrão das construções.
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geraldo - 02 de Dezembro às 12:02
o certo é que bandido quando quer entrar só Deus o segura. Se cerca elétrica não o impede que dirá plantinhas!!!KKKKKKKKK

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